Elio Gaspari
O Globo/Folha
Sejam quais forem os resultados da eleição, a política brasileira tem três novos nomes. De longe, o primeiro nome é o de Simone Tebet, seguida de perto pelo mineiro Romeu Zema. Adiante, surge Tarcísio de Freitas, ganhando ou perdendo o governo de São Paulo hoje.
Contados os votos, sempre aparece alguém pensando em lances excêntricos. Na eleição de hoje, as cartas foram para a mesa na segunda-feira (24).
EM TRÊS LANCES – No primeiro lance, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, ladeado por Fabio Wajngarten, assessor da campanha bolsonarista, denunciou uma fraude nas inserções radiofônicas.
No segundo lance, Eduardo Bolsonaro pediu o adiamento da eleição. No terceiro, o pai dele se reuniu com ministros, inclusive os comandantes militares. Tomaram um contravapor do ministro Alexandre de Moraes: a falha não era do TSE e, se houve, veio do partido do capitão.
Na sexta-feira, o ministro Fábio Faria, informou: “Me arrependi profundamente de ter participado daquela entrevista coletiva. Se eu soubesse que [a crise] iria escalar, eu não teria entrado no assunto”. Caso raro de honestidade política.
TEMPOS ATRÁS – Em outros tempos Pindorama passou por coisas parecidas em três ocasiões: em 1982, armou-se um esquema de roubo de votos no sistema de totalização da empresa privada Proconsult. Deu em escândalo.
Em 1981, a “tigrada” do DOI do Rio armou um atentado talvez para tumultuar um show no Riocentro, explodindo um carro no estacionamento. Morreu o sargento que tinha a bomba no colo.
Em agosto de 1954, a guarda pessoal de Getúlio Vargas armou um atentado contra o jornalista Carlos Lacerda. Contrataram um pistoleiro e foram à cena do crime num táxi do ponto perto do palácio presidencial. Atiraram e mataram um major da Aeronáutica que escoltava Lacerda. O motorista se apresentou à polícia na manhã do crime e, dois dias depois, identificou o passageiro. Era um dos capangas do presidente. Vargas se matou.
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