(Divulgação/Fiat)
Que todo mundo quer comprar um SUV, não há dúvidas. Quase 40% dos emplacamentos em 2022 são de modelos utilitários. No entanto, nem todo mundo pode pagar. Isso porque os SUVs não são a opção mais barata do mercado. E se considerarmos os com carroceria cupê, o sarrafo é ainda mais alto. A maioria das opções no Brasil custa mais de R$ 300 mil.
No entanto, o Fastback se posiciona em um degrau de preços bastante competitivo. Com valores entre R$ 130 mil e R$ 150 mil, o modelo está na mesma faixa de preço dos SUVs compactos, mas sem o mesmo apelo visual.
Ou seja, o Fastback oferece recursos de SUVs médios e grandes, assim como design de modelos premium importados. No entanto, os preços são de utilitários compactos.
Não há mágica na estratégia do Fastback. A Fiat fez uma leitura muito precisa daquilo que o consumidor queria no carro, combinado com o elevado índice de nacionalização de peças e também o compartilhamento de componentes com demais modelos da marca.
O fato de ter uma fábrica de motores dentro do complexo de Betim permite reduzir os custos de produção e praticar valores mais agressivos. Da mesma forma que a adoção de componentes para diferentes modelos permite economia de escala.
E outro fator é que o maior volume de peças regionalizadas torna o custo de reparabilidade mais baixo, uma vez que não é necessário importar tantos itens em caso de colisão, o que reduz gastos com frete e menos tempo com o carro parado.
Outro ponto é que há também maior volume de peças no mercado de reposição, devido a aplicação em diferentes modelos, o que torna a compra de itens genuínos mais baratos.
Assim, a combinação de todos esses ingredientes – design, espaço interno, conteúdos, motor, segurança e preço – fizeram com que o Fastback caísse nas graças do público. E segundo a Stellantis, em apenas 10 dias 5,7 mil unidades do SUV cupê foram vendidas. Um volume que muitos concorrentes precisam de um mês inteiro para chegar perto. É feijão sem bicho.
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