Na Bahia, 8.160 pessoas devem ser diagnosticadas até o final do ano, aponta INCA. Especialista dá dicas de como evitar a doença.
Foto: Romildo de Jesus
Por Manuela Meneses
Neste ano, de acordo com dados da Sesab, 186 pessoas já morreram no
estado em decorrência do câncer de pele. A doença, considerada o tipo de
câncer mais comum no Brasil, deve atingir cerca de 87.970 homens e
97.410 mulheres em 2022, segundo estimativa realizada pelo Instituto
Nacional de Câncer (INCA). Na Bahia, a estimativa do órgão é de que
8.160 pessoas sejam diagnosticadas com a doença também este ano.
O
câncer de pele é classificado, de modo geral, em dois tipos: o não
melanoma e o melanoma. A Dra. Camila Sampaio Ribeiro, dermatologista da
Clínica InDerm, explica que o melanoma é mais agressivo porém menos
frequente. De acordo com a profissional, essa forma costuma se
apresentar como uma mancha escura e nova na pele. Diferente do
não-melanoma, que engloba o carcinoma basocelular e o espinocelular, e
representa os tumores malignos mais incidentes na população.
O
diagnóstico da doença começa durante a consulta através do exame de
dermatoscopia, onde é possível visualizar a pele de forma mais
detalhada, mas somente com a biópsia é que pode ser confirmado com mais
precisão. De acordo com a Dra., é necessário estar atento à própria
pele, observando sempre se há algo novo. “O câncer não melanoma pode ter
aspecto bastante diverso, se manifestando como “sinais” novos da cor da
pele, avermelhados, ou escuros e podem ou não ulcerar gerando feridas”,
evidencia.
A especialista ainda ressalta que esse tipo de câncer
pode ser curado. “Tudo depende do tipo histológico do câncer de pele e
também da profundidade que as células neoplásicas atingiram na pele.
Quanto antes se fizer o diagnóstico maior a chance de cura e menos
agressiva será a cirurgia, o que vai resultar em uma cicatriz melhor
esteticamente”, destaca a Dra. Camila.
Apesar do tratamento para
esse tipo de câncer ainda ser cirúrgico, existem outras alternativas
menos agressivas, indicadas principalmente a pacientes que não tem
condições clínicas de operar (pela idade ou comorbidades). Entre essas
opções estão os quimioterápicos, que podem ser feitos em lesões
superficiais a depender da localização da lesão e terapia fotodinâmica.
Para
diminuir as chances de desenvolver o câncer de pele, é preciso seguir
algumas indicações. “Evitar exposição solar entre 10h e 16h, usar de
forma adequada o protetor solar, usar roupas e chapéus com proteção UV e
sempre se proteger em áreas de sombra”, orienta a especialista”,
orienta a especialista.
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