VERDINHO DE ITABUNA
A
Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) informou neste sábado
(30), que registrou os três primeiros casos confirmados da “Monkeypox”,
doença conhecida como varíola dos macacos, no interior do estado.
Salvador agora contabiliza nove casos.
De
acordo com a Sesab, dois dos casos confirmados no interior do estado
foram registrados em Santo Antônio de Jesus, no recôncavo baiano. O
outro é em Ilhéus, no sul da Bahia. O primeiro caso da Monkeypox no
estado ocorreu no dia 13 de julho. Ainda de acordo com o órgão de saúde,
a Bahia tem 50 casos suspeitos da "Monkeypox".
São
notificações dos municípios de Amargosa (1), Aratuípe (1), Barra (1),
Cairu (1), Camaçari (2), Canarana (1), Conceição do Coité (1), Conceição
do Jacuípe (1), Cruz das Almas (1), Dias D’Ávila (1), Ibicaraí (2),
Itaberaba (4), Itapebi (1), Itiruçi (1), Jaguaripe (1), Lauro de Freitas
(1), Nazaré (1), Salvador (19), Santa Cruz Cabrália (4), Santo Antônio
de Jesus (1), São Gonçalo dos Campos (1), São Miguel das Matas (1),
Ubaíra (1) e Vitoria da Conquista (1).
A
Monkeypox se assemelha à varíola humana, que foi erradicada em 1980. Os
principais sintomas da doença são febre, dores de cabeça, musculares e
nas costas, adenomegalia, calafrios e exaustão. A infecção é
autolimitada com sintomas que duram de 2 a 4 semanas, geralmente
dividida em dois períodos:
Invasão, que dura entre 0 e 5 dias, com febre, cefaleia, mialgia, dor das costas e astenia intensa;
Erupção
cutânea começa entre 1 e 3 dias após o aparecimento da febre. A erupção
tem características clínicas semelhantes com varicela ou sífilis, com
diferença na evolução uniforme das lesões.
O que é a varíola dos macacos?
A
varíola dos macacos é uma doença viral rara transmitida pelo contato
próximo com uma pessoa infectada. A transmissão pode ocorrer pelas
seguintes formas:
Por
contato com o vírus: com um animal, pessoa ou materiais infectados,
incluindo através de mordidas e arranhões de animais, manuseio de caça
selvagem ou pelo uso de produtos feitos de animais infectados. Ainda não
se sabe qual animal mantém o vírus na natureza, embora os roedores
africanos sejam suspeitos de desempenhar um papel na transmissão da
varíola às pessoas.
De
pessoa para pessoa: pelo contato direto com fluidos corporais como
sangue e pus, secreções respiratórias ou feridas de uma pessoa
infectada, durante o contato íntimo – inclusive durante o sexo – e ao
beijar, abraçar ou tocar partes do corpo com feridas causadas pela
doença. Ainda não se sabe se a varíola do macaco pode se espalhar
através do sêmen ou fluidos vaginais.
Por materiais contaminados que tocaram fluidos corporais ou feridas, como roupas ou lençóis;
Da mãe para o feto através da placenta;
Da mãe para o bebê durante ou após o parto, pelo contato pele a pele;
Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva.
Isolamento
Pacientes
com suspeita da doença devem ficar em isolamento, em um local com boa
ventilação natural. É recomendado que ambientes comuns, como banheiro e
cozinha, fiquem com janelas abertas. Caso more com outras pessoas,
deve-se usar a máscara cirúrgica bem ajustada, protegendo a boca e o
nariz.
Além
disso, é importante que o paciente lave as mãos várias vezes ao dia,
preferencialmente com água e sabonete líquido. Se possível, deve usar
toalhas de papel descartável para secá-las.
Quem
estiver com suspeita também não compartilhar alimentos, objetos de uso
pessoal, talheres, pratos, copos, toalhas ou roupas de cama. Os itens só
podem ser reutilizados após higienização.
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