Camila Zarur
O Globo
Terceiro colocado nas pesquisas de intenção de voto, o candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, afirmou não ver caminhos para apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de quem foi ministro, em um eventual segundo turno contra o presidente Jair Bolsonaro (PL). Em entrevista na noite desta quarta-feira ao programa Central das Eleições, da GloboNews, o pedetista disse que aceitaria ter o petista em seu palanque apenas em caso de ele próprio seguir na eleição após o primeiro turno, mas afirmou que “não há caminho” para o inverso.
— Se eu for para o segundo turno contra Bolsonaro? Claro que eu aceito [o apoio de Lula]. O contrário não há mais caminho — disse Ciro, ao ser questionado sobre a possibilidade de apoiar o petista no segundo turno. Ele frisou: — O maior responsável pela tragédia que está acontecendo no Brasil chama-se Luiz Inácio Lula da Silva.
APOIO CRÍTICO – Ciro até hoje sofre críticas de setores da esquerda por ter viajado a Paris logo após o primeiro turno de 2018, quando Bolsonaro avançou na disputa contra o então presidenciável do PT, Fernando Haddad. O ex-ministro, porém, lembrou que na ocasião o seu partido declarou um “apoio crítico” a Haddad. O presidenciável ressaltou também que não dará apoio ao atual presidente, da mesma forma como não o fez no pleito passado.
O pedetista, porém, não fez campanha ao petista no segundo turno da disputa, que culminou na eleição de Bolsonaro. O presidenciável ressaltou também que não dará apoio ao atual presidente.
— Na mesma noite [do primeiro turno de 2018], eu me declarei contra Bolsonaro. Fui para a Brasília, participar da reunião nacional do PDT, declaramos o apoio crítico ao PT ao Haddad e simplesmente exerci um direito meu de não participar do comício. Será que para mim só resta o direito de apoiar gente desonesta? — disse.
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