* Cesar Candido
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Todo mundo tem trabalhado muito durante a pandemia para conseguir
realizar novos projetos e negócios. O modelo que tínhamos antes mudou e
vem exigindo entregas maiores e com mais agilidade. No entanto, no que
se refere ao mercado de segurança cibernética, a escassez de
profissionais preparados torna o desafio ainda mais complexo. Hoje é
necessário treinar esses profissionais, já que não são encontrados
facilmente no mercado para contratação imediata.
Segundo o Gartner, 80% das organizações dizem ter dificuldades em
encontrar e contratar profissionais de segurança e 71% admitem que isso
está afetando a capacidade de entrega dos projetos de segurança
internamente.
Outro número da consultoria indica que 64% dos funcionários já
trabalham no modelo home office e 40% devem continuar assim após a
pandemia. O impacto do trabalho remoto não se restringe apenas a quem
trabalha diretamente com segurança digital, uma vez que afeta também os
usuários finais. O desafio é fazer com que todos compreendam que a
responsabilidade sobre a segurança da informação deve ser
compartilhada. A partir do momento que os profissionais estão
trabalhando em casa eles precisam garantir o cumprimento mínimo dos
requisitos de segurança da empresa, para que ninguém seja prejudicado.
Existem inúmeros fatores que podem ser destacados e que geram
decisões equivocadas no dia a dia, aumentando muito o risco com a
segurança da informação. Entre eles, podemos citar a ansiedade causada
pelo isolamento que tornou o usuário mais suscetível a cometer erros e
cair em armadilhas na web, clicando em links e e-mails maliciosos.
Diante desse cenário, é extremamente importante realizar campanhas de
conscientização interna para funcionários – principalmente para aqueles
que atuam em outras áreas –, além de desenvolver programas de captação
de jovens talentos em TI, para fomentar ainda mais o setor de
segurança da informação.
Acredito, ainda, que o tema segurança digital deva ser incluído no
currículo escolar, para que as novas gerações aprendam desde cedo a
fazer o melhor uso da tecnologia. As crianças estão cada vez mais
conectadas, dividem o mesmo ambiente digital com os pais porque muitas
vezes utilizam o mesmo computador, sejam nas aulas on-line ou nos
momentos de lazer. Então precisam ser conscientizadas sobre os riscos
do compartilhamento de dados e dos links maliciosos.
Se o ser humano que existe por trás do profissional estiver bem
treinado no âmbito corporativo, ele conseguirá transmitir esse
conhecimento para a sua vida pessoal. Levar a cultura da segurança da
informação para dentro de casa é uma excelente forma de disseminar esse
conhecimento e fortalecer toda a estratégia de segurança cibernética.
Se isso for feito de forma divertida e envolvente, melhor ainda!
* Cesar Candido é diretor de Vendas da Trend Micro, empresa especializada em cibersegurança. |
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