Grupo composto por senadores independentes e de oposição ao governo que atuam na CPI da Covid, o chamado “G7” perdeu um integrante
Foto: Marcos Oliveira / Agência Senado
Por Natália Portinari, Julia Lindner e Paulo Cappelli
Grupo
composto por senadores independentes e de oposição ao governo que atuam
na CPI da Covid, o chamado “G7” perdeu um integrante. Ainda assim, essa
ala, que costuma dar dores de cabeça ao Palácio do Planalto, mantém a
maioria na comissão, que tem 11 titulares. Integrantes do agora “G6”
estão convencidos de que o senador Eduardo Braga (MDB-AM) abandonou o
bloco após sofrer assédio por parte do governo e, também, por ter se
desentendido com seu conterrâneo Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI,
durante uma das sessões.
A briga ocorreu após Aziz defender a
aprovação de requerimentos que envolviam questões do Amazonas e
poderiam expor aliados de Braga. Sem acordo no próprio grupo, Aziz
cancelou, na segunda-feira, as votações de todos os requerimentos que
estavam previstos para serem apreciados no dia seguinte.
Antes
mesmo da desavença entre os amazonenses, alguns dos componentes do
grupo já viam com desconfiança a participação de Braga nas reuniões.
Parte deles atribuiu a Eduardo Braga o vazamento para o governo de uma
estratégia que buscava obter informações da gestão Bolsonaro por meio de
um antigo aliado do Palácio do Planalto. O plano havia sido traçado na
casa de Aziz durante uma reunião e chegou ao conhecimento dos
governistas dias depois. Na última quinta-feira, durante uma live,
Bolsonaro chegou a afirmar que o “G7” tinha se transformado em “G6”.
Relator
da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), no entanto, ainda tenta fazer com que
Braga permaneça unido aos que vêm torpedeando o governo. Além de eles
serem correligionários, Renan é grato ao colega de partido pelo fato de
Braga tê-lo apoiado para ocupar a relatoria da comissão. O posto de
destaque vem garantindo a Renan uma exposição que ele jamais havia tido,
como o próprio Renan costuma reconhecer.
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