Com
um total de 368 exames de sequenciamento genético do vírus da Covid-19
realizados, em nove meses, a Bahia não tem circulação da variante
indiana da Covid-19 (Delta). De acordo com o último boletim divulgado
pelo Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA), a
variante Gamma (antiga P.1, originária em Manaus) ainda é responsável
por quase 80% das infecções no estado. Reconhecido como a 3ª maior
unidade de vigilância laboratorial do país e classificado na categoria
máxima de qualidade pelo Ministério da Saúde, o Lacen-BA analisou
amostras de 150 municípios dos nove Núcleos Regionais de Saúde. As
amostras continham genomas completos do Sars-CoV-2, a partir das quais
foi possível identificar que circulam no estado 23 linhagens diferentes
do vírus da Covid-19. Entre elas, as variantes Alpha (Reino Unido) e
Gamma (Manaus), consideradas como variantes de preocupação e de
interesse. Por orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS), as
variantes são agora denominadas por letras do alfabeto grego. “Na Bahia,
não foi identificada a circulação das cepas Beta (África do Sul) e
Delta (Índia). A variante Gama e a do Reino Unido ainda são as
predominantes no mapeamento genético que fazemos que é essencial para o
planejamento e definição de ações na área da Vigilância Epidemiológica
do Estado”, explica Arabela Leal, diretora do Lacen-BA. A escolha das
amostras para o sequenciamento foi baseada na representatividade de
todas as regiões geográficas do estado da Bahia, casos suspeitos de
reinfecção, amostras de indivíduos que evoluíram para óbito, contatos de
indivíduos portadores de variantes de atenção (VOC) e indivíduos que
viajaram para área de circulação das novas variantes com sintomas
clínicos característicos.
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