MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 1 de maio de 2016

Jungmann na Defesa? É o homem certo no lugar certo!


O deputado pernambucano é um caso cada vez mais raro de político com formação intelectual. Não me refiro à escolaridade formal, mas à cultura política. Jungmann leu as coisas que interessam sobre o país e tem visão estratégica

Por: Reinaldo Azevedo
Consta que Michel Temer, que vai assumir a Presidência da República em alguns dias, pensa em convidar o deputado Raul Jungmann (PPS-PE) para assumir o Ministério da Defesa. Tomara que seja verdade. E eu o afirmo por várias razões.
Ministro da Reforma Agrária de FHC, Jungmann soube desarmar o gatilho do MST sem entregar o setor a João Pedro Stedile e seus comandados, que, obviamente, nunca estiveram interessados em reformar coisa nenhuma, mas em manter a indústria de invasões e se alimentar, por meio das cooperativas, com o dinheiro destinado à agricultura familiar.
O deputado pernambucano é um caso cada vez mais raro de político com formação intelectual. Não me refiro à escolaridade formal, mas à cultura política. Jungmann leu as coisas que interessam sobre o país e tem visão estratégica. Está entre as pessoas capazes de um entendimento superior da função das Forças Armadas no Brasil: além da defesa do território, com papel subsidiário na manutenção da ordem interna, também podem e devem ser polos de desenvolvimento tecnológico.
Mais: o deputado tem um excelente trânsito nas Três Armas, e isso não quer dizer que seja uma daquelas vivandeiras que gostam de fazer proselitismo em porta de quartel. Ele é um estudioso da área , o que lhe garante há muito tempo uma interlocução republicana e democrática com o Alto Comando.
Inexiste hoje, felizmente, uma “questão militar” no Brasil de caráter vicioso. Ao contrário. As Forças Armadas estão cônscias, muito mais do que parte considerável do poder civil, de suas atribuições constitucionais. Quando os aloprados do Planalto chegaram a ventilar a possibilidade de Dilma decretar Estado de Defesa, coube a um militar graduado fazer uma pergunta: “Mas sob qual pretexto? Qual é a ameaça?” Obviamente, não havia.
A pergunta quer dizer o seguinte: se houve um tempo em que os militares se assanhavam a sair às ruas para pôr ordem na casa, hoje, com absoluta certeza, eles preferem não se meter em questões políticas e atuam para não ser engolfados pelo coquetel de crises que aí está. E isso quer dizer, também, que não hesitarão em garantir a Constituição, na sua plenitude.
Para tanto, é importante haver um ministro da Defesa que não seja mero esbirro de um partido ou de uma ideologia que, no limite, tem nas Forças Armadas potenciais adversárias. Torço muito para que seja verdadeira a intenção de Temer.
Jungmann seria o homem certo no lugar certo!

Nenhum comentário:

Postar um comentário