A exposição “Picasso: mão erudita, olho selvagem” traz 116
peças do artista selecionadas, inicialmente, por ele mesmo. As obras são
da coleção do Musée National Picasso-Paris e fazem parte de um conjunto
que o espanhol manteve consigo ao longo da vida. Os trabalhos foram
doados à instituição pelos herdeiros. Há fotos e vídeos que retratam os
processos de produção do pintor. A mostra pode ser vista até o dia 14 de
agosto no Instituto Tomie Ohtake, em Pinheiros, zona oeste paulistana.
Os primeiros trabalhos da exposição remetem ao início da carreira do
espanhol, quando Pablo Picasso, com 19 anos mudou-se para Paris. Segundo
a pesquisadora do núcleo de curadoria do Instituto Tomie Ohtake,
Carolina de Angelisa, nessa fase inicial, as pinturas retratam o mundo
artístico e a vida na capital francesa na transição dos séculos 19 e 20.
“Ele pinta cenas do cotidiano, tipos urbanos, cenas da noite, dos
cabarés artísticos”. O hábito de colecionar parte dos próprios trabalhos
desde essa época mostra, de acordo com Angelisa, uma atenção a
trajetória que estava desenvolvendo como artista. “O Picasso, além de
ser muito bom na própria autopromoção, porque ele foi um grande
empreendedor do próprio trabalho. Isso também mostra a importância que
tinha para ele guardar, observar e olhar um certo tipo de evolução”,
afirmou.
Agência Brasil // POLÍTICA LIVRE
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