A Odebrecht e o Ministério Público Federal assinaram na última quarta-feira (25) o documento da negociação de delação premiada
e de leniência no âmbito da Operação Lava Jato. Os procuradores terão
acesso a toda contabilidade de caixa dois da empresa, o que pode
envolver centenas de políticos e autoridades de outros poderes. Em
março, uma única operação de busca e apreensão da empreiteira já tinha
revelado uma lista com o nome de mais de 300 políticos.
O
documento oficializa ainda o compromisso da Odebrecht de detalhar o
financiamento de campanhas majoritárias recentes, como da chapa de Dilma
Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB, e também de Aécio Neves (PSDB), em
2014 -- o que atingiria os maiores partidos do país. Especulações de que
a delação envolveria diretamente a presidente afastada Dilma Rousseff,
contudo, não consta na negociação. O Ministério Público pretenderia até convocar o ex-presidente Emílio Odebrecht para dar informações. Ele é pai
de Marcelo Odebrecht, que está preso. O número de executivos da empresa
que devem delatar pode chegar a 50. As conversas entre a empreiteira e o
MPF já vinham ocorrendo há alguns meses, e agora são oficiais. As
informações são de Mônica Bergamo para a Folha de S. Paulo. >> Lista da Odebrecht pode atingir Judiciário, militares e Ministério Público
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