Membros do Conselho da ONU aprovaram por unanimidade a resolução.
Ela proíbe, por exemplo, a venda de combustível para aviões e foguetes.
O Conselho de Segurança da ONU impôs nesta quarta-feira (2) um amplo pacote de novas sanções à Coreia do Norte, em resposta aos últimos testes nucleares e de mísseis.
As punições são as mais severas impostos pela ONU em 20 anos, afirmou nesta quarta-feira a embaixadora americano na organização, Samantha Power.
As sanções incluem grandes limitações ao comércio com Coreia do Norte e obrigarão o mundo todo a inspecionar cargas com origem e destino ao país, em uma tentativa de garantir o cumprimento das restrições.
Entre outras medidas, a resolução 2270 prevê um embargo total à venda de armas leves, que completa as restrições já em vigor neste setor, assim como novas sanções financeiras contra bancos e ativos norte-coreanos.
Além disso, pela primeira vez inclui sanções a diferentes setores econômicos, que limitarão e em alguns casos proibirão a Coreia do Norte de exportar matérias-primas como carvão, ferro, ouro, titânio e terras raras.
Também será proibida a venda ao país de combustível para aviões e foguetes e sanções sobre vários indivíduos e entidades norte-coreanas.
A resolução inclui medidas para tentar garantir o cumprimento de todas as sanções, como a obrigação de realizar inspeções sistemáticas de mercadorias com rumo ou com origem na Coreia do Norte.
Repercussão
O presidente americano, Barack Obama, saudou nesta quarta-feira a adoção das sanções, e estimou que isso envia a mensagem de que Pyongyang deve abandonar seu programa de armas de destruição em massa.
A resolução unânime do Conselho é uma "resposta firme, unida e apropriada da comunidade internacional" aos últimos testes nuclear e balístico realizados pelo regime comunista, disse.
"A comunidade internacional, com uma só voz, enviou a Pyongyang uma mensagem simples: a Coreia do Norte deve abandonar estes perigosos programas e escolher um caminho melhor para seu povo", acrescentou o presidente.
O ministro das Relações Exteriores britânico, Philip Hammond, elogiou as "robustas medidas" que o Conselho de Segurança da ONU adotou. "O fato de que a resolução tenha sido aprovada por unanimidade demonstra que a comunidade internacional está preparada para adotar medidas duras em resposta a essa classe de violações", disse Hammond em comunicado.
"Trabalhamos nessas robustas medidas desde o teste nuclear ilegal por parte da Coreia do Norte de 6 de janeiro", detalhou o chefe da diplomacia britânica.
Em 6 de janeiro, a Coreia do Norte surpreendeu o mundo ao dizer que fez um teste bem-sucedido com uma bomba de hidrogênio. O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) registrou um terremoto de magnitude 5,1 na zona de testes nucleares do país.
Foi o quarto teste com arma nuclear feito pelo país e teria sido o primeiro usando uma bomba de hidrogênio, que pode ser até 50 vezes mais potente que a bomba atômica. Outros testes ocorreram em 2006, 2009 e 2013.
Mesmo após o anúncio de países ocidentais estudavam ampliar as sanções contra o país, em 7 de fevereiro, a Coreia do Norte lançou um foguete de longo alcance. O Comando Estratégico dos Estados Unidos disse que seus sistemas detectaram um míssil norte-coreano lançado rumo ao espaço.
Os EUA acompanharam a trajetória do míssil, mas ele não representou ameaça para os americanos ou seus aliados.
Em pronunciamento na TV oficial naquele dia, um porta-voz do governo coreano informou que o país pretendia colocar outros satélites em órbita.
"Lançar um míssil após realizar testes nucleares é claramento contrário à resolução da ONU. Nós vamos responder de maneira resoluta, em coordenação com a comunidade internacional", afirmou à época o premiê do Japão, Shinzo Abe.
Desde o início de 2013, a Coreia do Norte aumentou as capacidades da base de Sohae, que agora pode lançar foguetes a uma distância maior e com cargas mais pesadas. Mas a maioria dos especialistas acredita que o país ainda está longe de alcançar a capacidade de enviar mísseis balísticos intercontinentais.
Membros do Conselho da ONU aprovaram por unanimidade a resolução (Foto: Brendan McDermid/Reuters)
Os 15 membros do Conselho aprovaram por unanimidade uma resolução, negociada durante semanas entre Estados Unidos e China, que representará um forte aumento da pressão internacional sobre o regime norte-coreano.SANÇÕES À COREIA DO NORTE | |
---|---|
- Limitação ao comércio com o país | |
- Embargo à venda de armas leves | |
- Limitação e até proibição de o país exportar matérias-primas como carvão e ferro | |
- Proibição da venda à Coreia de combustível para aviões e foguetes | |
- Impedimento da entrada em portos de navios coreanos que podem levar bens proibidos | |
- Sanções a instituições financeiras e indivíduos |
As sanções incluem grandes limitações ao comércio com Coreia do Norte e obrigarão o mundo todo a inspecionar cargas com origem e destino ao país, em uma tentativa de garantir o cumprimento das restrições.
Entre outras medidas, a resolução 2270 prevê um embargo total à venda de armas leves, que completa as restrições já em vigor neste setor, assim como novas sanções financeiras contra bancos e ativos norte-coreanos.
Além disso, pela primeira vez inclui sanções a diferentes setores econômicos, que limitarão e em alguns casos proibirão a Coreia do Norte de exportar matérias-primas como carvão, ferro, ouro, titânio e terras raras.
Também será proibida a venda ao país de combustível para aviões e foguetes e sanções sobre vários indivíduos e entidades norte-coreanas.
A resolução inclui medidas para tentar garantir o cumprimento de todas as sanções, como a obrigação de realizar inspeções sistemáticas de mercadorias com rumo ou com origem na Coreia do Norte.
Sanções são resposta aos últimos testes nucleares feitos pelo governo de Kim Jong-un (Foto: KCNA/Reuters)
O texto também impede a entrada, em qualquer porto do mundo, de navios
norte-coreanos que possam transportar bens proibidos, e estabelece a
possibilidade de deixar em terra aviões suspeitos de contrabando.Repercussão
O presidente americano, Barack Obama, saudou nesta quarta-feira a adoção das sanções, e estimou que isso envia a mensagem de que Pyongyang deve abandonar seu programa de armas de destruição em massa.
A resolução unânime do Conselho é uma "resposta firme, unida e apropriada da comunidade internacional" aos últimos testes nuclear e balístico realizados pelo regime comunista, disse.
"A comunidade internacional, com uma só voz, enviou a Pyongyang uma mensagem simples: a Coreia do Norte deve abandonar estes perigosos programas e escolher um caminho melhor para seu povo", acrescentou o presidente.
O ministro das Relações Exteriores britânico, Philip Hammond, elogiou as "robustas medidas" que o Conselho de Segurança da ONU adotou. "O fato de que a resolução tenha sido aprovada por unanimidade demonstra que a comunidade internacional está preparada para adotar medidas duras em resposta a essa classe de violações", disse Hammond em comunicado.
"Trabalhamos nessas robustas medidas desde o teste nuclear ilegal por parte da Coreia do Norte de 6 de janeiro", detalhou o chefe da diplomacia britânica.
Objeto
voador é fotografado, em 7 de fevereiro, sobre o território da Coreia
do Norte a partir da fronteira com a China (Foto: Kyodo/Reuters)
Testes com bombas e fogueteEm 6 de janeiro, a Coreia do Norte surpreendeu o mundo ao dizer que fez um teste bem-sucedido com uma bomba de hidrogênio. O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) registrou um terremoto de magnitude 5,1 na zona de testes nucleares do país.
Foi o quarto teste com arma nuclear feito pelo país e teria sido o primeiro usando uma bomba de hidrogênio, que pode ser até 50 vezes mais potente que a bomba atômica. Outros testes ocorreram em 2006, 2009 e 2013.
Mesmo após o anúncio de países ocidentais estudavam ampliar as sanções contra o país, em 7 de fevereiro, a Coreia do Norte lançou um foguete de longo alcance. O Comando Estratégico dos Estados Unidos disse que seus sistemas detectaram um míssil norte-coreano lançado rumo ao espaço.
Os EUA acompanharam a trajetória do míssil, mas ele não representou ameaça para os americanos ou seus aliados.
Em pronunciamento na TV oficial naquele dia, um porta-voz do governo coreano informou que o país pretendia colocar outros satélites em órbita.
"Lançar um míssil após realizar testes nucleares é claramento contrário à resolução da ONU. Nós vamos responder de maneira resoluta, em coordenação com a comunidade internacional", afirmou à época o premiê do Japão, Shinzo Abe.
Desde o início de 2013, a Coreia do Norte aumentou as capacidades da base de Sohae, que agora pode lançar foguetes a uma distância maior e com cargas mais pesadas. Mas a maioria dos especialistas acredita que o país ainda está longe de alcançar a capacidade de enviar mísseis balísticos intercontinentais.
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