MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 29 de março de 2015

O PT dá o troco a Eduardo Cunha


Vaia que Cunha recebeu em São Paulo foi “encomendada”
Carlos Chagas
Por certo que nenhuma instrução saiu do palácio do Planalto, mas ninguém duvida de que tenha sido engendrada nos arraiais do PT a vaia promovida contra o presidente da Câmara, sexta-feira, no plenário da Assembleia Legislativa de São Paulo. Durou pouco aquela balbúrdia, já que a segurança esvaziou as galerias, mas fica evidente não acontecerem espontaneamente tais manifestações, tanto que o demais oradores não foram incomodados.
Os companheiros, jovens em maioria, integrantes de movimentos sociais, receberam instruções para perturbar o discurso de Eduardo Cunha. É preciso saber quem os mobilizou. Quanto às intenções, parecem claras: o deputado fluminense vem sendo considerado o maior e mais perigoso adversário do governo. Para os detentores do poder, torna-se necessário agredi-lo.
O episódio, em si desimportante, dá a medida da alta temperatura registrada nas relações entre o PT e o PMDB. Se quiserem, entre Executivo e Legislativo. Se a presidente Dilma vem sendo vaiada por onde passa, por que não fazer o mesmo com o maior de seus desafetos?
Do jeito que as coisas andam, logo ficará impossível o diálogo entre governo e Congresso. A mais nova provocação que seus singulares aliados preparam para Dilma parece a votação de emenda constitucional reduzindo para vinte o número de ministérios do Executivo. Claro que 39 é um exagero, mas não seria a causa da multiplicação a necessidade de agradar os partidos da base oficial? O vice-presidente Michel Temer já declarou que seu partido não faz questão de manter ministérios. Falou a sério?
Cada vez mais surgem sinais do desembarque do PMDB do barco do governo, certamente uma preparação a longo prazo da sucessão presidencial de 2018. Houve tempo em que sobravam candidatos na legenda, de Ulysses Guimarães a Tancredo Neves, Teotônio Vilela e outros. Hoje, fala-se nos dois Eduardos, o Cunha e o Paes…
VEM CHUMBO GROSSO
O novo ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, acaba de dar a tônica de sua atuação: distribuirá as verbas de publicidade sem ater-se às exigências de audiência e circulação dos veículos. Beneficiará os pequenos. Da mesma forma, lutará para reviver a proposta de regulamentação da mídia, com ênfase para impedir que grupos familiares dirijam aos mesmo tempo jornais, revistas, emissoras de televisão e rádio. Vai enfrentar forte reação.

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