MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 31 de março de 2015

Posto de saúde em Maceió suspende atendimento por medo da violência


Número de atendimentos havia sido reduzido devido à greve dos servidores.
Funcionários dizem que pacientes se revoltaram com demora no serviço.

Do G1 AL
Posto reabriu as portas, mas atendimento continua suspenso (Foto: Micaelle Morais/G1)Posto reabriu as portas, mas atendimento continua suspenso (Foto: Micaelle Morais/G1)
A Unidade de Saúde Geraldo Melo, localizada no bairro do Bom Parto, em Maceió, suspendeu o atendimento ao público após seguidos episódios de violência registrados no local devido à espera por atendimento. De acordo com o diretor da unidade, Gilvan Gomes, foram três situações que expuseram funcionários ao risco em menos de uma semana.
Os serviços estão paralisados há cerca de 15 dias. "Aconteceram três episódios de violência aqui. No último, um rapaz chegou muito alterado e começou a esmurrar as portas, virar as mesas e xingar a gente. Após isso, os funcionários se reuniram e pediram para parar os serviços", explica Gomes.
A suspensão foi confirmada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Segundo o Município, os casos de violência registrados na unidade são cometidos pela própria população contra os servidores do posto porque algumas pessoas não são atendidas no tempo que gostariam.
Ainda de acordo com a SMS, o órgão está adotando medidas necessárias para resolver a situação.
O problema é que a situação depende da negociação entre o Município e os servidores públicos, em greve há mais de um mês. Desde que a categoria se mobilizou, os serviços municipais ficaram prejudicados, já que apenas parte da categoria está trabalhando.
Com o atendimento prejudicado, a demora provocou a revolta de alguns pacientes. A insegurança havia levado o posto a fechar as portas, mas, segundo o diretor Gilvan Gomes, a prefeitura entrou em contato com ele e pediu que a unidade fosse reaberta. O pedido foi acatado, mas é como se o local ainda estivesse fechado, já que os funcionários não querem voltar ao trabalho com medo.
Marca na porta mostra local esmurrado por paciente que se revoltou com demora no atendimento (Foto: Micaelle Morais/G1)Marca na porta mostra local esmurrado por paciente que se revoltou com demora no atendimento (Foto: Micaelle Morais/G1)
Apenas um guarda municipal faz a segurança no local. Antes eram dois, mas um deles aderiu ao movimento grevista e agora não há com quem reverzar o turno. Quando o único guarda trabalhando folga, o local fica sem segurança alguma.

O cozinheiro Izack Almeida procurou atendimento no posto na manhã desta terça-feira (31), mas não conseguiu. "Eu preciso de um encaminhamento de um médico do posto para fazer uma cirurgia no dedo mindinho, que está fraturado. Vou voltar aqui amanhã para ver se tem uma médica, senão, terei que ir em outro posto", lamenta.
Outro morador da região que tentava atendimento no local também reclamava da situação. "Eu moro aqui há 27 anos e esse posto nunca precisou de segurança porque as pessoas daqui respeitam. Hoje está assim, falta organização, falta dentista, que antes tinha. A administração precisa olhar melhor para a comunidade", afirma o corretor de móveis Luan Tunay.

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