'Agora é tentar recuperar o prejuízo e vender o que sobrou', diz produtor.
Feira do Peixe em Rio Branco ocorre até o dia 3 de abril, na Ceasa.
Marcos Silva (esq.) conta que perdeu de 4 a 5 mil peixes com a enchente do rio (Foto: Aline Nascimento/G1)De acordo com Silva, em 2014 ele levou 12 toneladas de peixe para a feira e conseguiu vender toda a produção. Mesmo com o prejuízo que teve com a cheia, ele pretende lucrar com o que levou para vender.
Já para o funcionário público Paulo Junior, de 31 anos, que ajuda a vender as 15 toneladas de peixes do açude do pai, esse ano as vendas serão melhores do que no ano passado, quando a família de produtores vendeu 10 toneladas. Ele conta que apesar da alagação, o pai conseguiu recuperar toda a produção de peixes da família.
Paulo acredita que vendas serão melhores esse anos (Foto: Aline Nascimento/G1)Ducilene da Silva, de 43 anos, exibe várias frutas na barraca montada logo na entrada da feira. Agricultora há 15 anos, Ducilene revela que com a alagação, um igarapé próximo de sua fazenda, localizada na BR-317, transbordou e atingiu sua plantação de limão e laranja, o que causou um prejuízo de R$ 400. Para vender os produtos que perdeu com a cheia, a agricultora diz que precisou comprar de outro agricultor.
"A expectativa é de que as vendas sejam melhores que ano passado e esse ano quero vender o dobro. Nossas plantações ficaram embaixo da água, perdemos muita coisa com a cheia, porém, estou confiante que vou vender tudo e lucrar", torce.
Enchente
levou plantação de limão e laranja de Ducilene, agricultora precisou
comprar esses produtos para revender na feira (Foto: Aline
Nascimento/G1)Segundo coordenador da Ceasa, Paulo Sérgio Branã, a expectativa é vender 130 toneladas de pescado e 450 toneladas de hortifrutigranjeiros, somando um valor de R$ 2,6 milhões apenas na Ceasa, durante a Semana Santa. Ele conta que a meta é maior que do ano anterior, quando foram arrecadados R$ 2,4 milhões.
"Nossa expectativa é de R$ 200 mil há mais do ano passado. Só aqui na Ceasa esperamos um público de 130 mil pessoas e nos outros locais, um público de 70 mil pessoas", diz.
Feira pretende comercializar 130 toneladasde pescado durante Semana Santa
(Foto: Aline Nascimento/G1)
Para Brana, apesar da enchente ter afetado vários agricultores, a população vai encontrar todos os produtos que precisa na feira. Ele afirma que as produções dos agricultores que não foram atingidos pela alagação é suficiente para atender a demanda da Semana Santa.
"A cheia afetou as produções, é claro que isso prejudica um pouco as vendas, mas, temos aqueles produtores que moram mais distantes do rio e não tiveram perda nas produções então, não vamos ter prejuízo de oferta aqui na feira. A população vai chegar aqui e vai ter o pescado, hortaliças e demais produtos para comprar", finaliza.
Na feira da Ceasa, além do pescado, podem ser encontrados produtos hortifrutigranjeiros, artesanato, venda de plantas, além de serviços de saúde e atendimento social e atrações musicais.
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