Os percentuais de abstenção, votos em branco e nulos
registrados no segundo turno das eleições deste ano ficaram bem próximos
dos índices registrados em disputas anteriores, nas quais o presidente
da República também foi escolhido no segundo turno. Para muitos
eleitores, tanto o ato de invalidar o voto quanto o de não participar do
processo eleitoral representam uma forma de mostrar insatisfação com os
candidatos ou com o processo eleitoral. Professor de Educação Física,
Wellington Dantas Feitosa, de 45 anos, recusou-se a votar este ano nos
dois turnos, mesmo estando em Brasília, onde tem domicílio eleitoral.
“Das alternativas apresentadas, ninguém mereceu meu voto. Nem
presidente, nem deputado, nem senador ou governador. Político nenhum
mereceu meu voto. Por isso, decidi não participar das eleições”, disse
ele à Agência Brasil. Sócio da Editora da Tribo, que produz “agendas de
conteúdo literário, libertário e político”, Bruno Margini, de 46 anos,
nunca tinha dado seu voto a ninguém, até o segundo turno das últimas
eleições. “Sequer comparecia aos locais de votação. Nas poucas vezes em
que fui, votava nulo porque não acredito na macropolítica e porque penso
que não vale a pena montar expectativa de que o voto para cargos como
presidente e governador possa, de fato, criar uma condição política de
mudança”, justificou. POLÍTICA LIVRE
Pedro Peduzzi, Agência Brasil
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