MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Criança com leucemia vive drama à espera de remédio importado no ES


Menina parou tratamento após reação alérgica durante a quimioterapia.
Secretaria de Estado da Saúde disse que pedido está em andamento.

Do G1 ES, com informações da TV Gazeta*
Aos dez anos de idade, a menina Ewellyn Leite já precisou trocar as palavras 'brincadeiras e diversão' por 'quimioterapia e hospital'. Diagnosticada com leucemia, ela faz tratamento no Hospital Infantil de Vitória, há sete meses. Mas a dificuldade não é só essa. Recentemente, o tratamento precisou ser interrompido porque a garota teve uma reação alérgica durante a quimioterapia e agora vai precisar aguardar um remédio importado da Europa, que segundo os médicos, leva cerca de seis meses para chegar ao Brasil. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa), o medicamento é caro e precisa de liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas a solicitação já está em andamento.
A mãe da criança, Andrew Leite, explicou que a reação ao medicamento ocorreu no último dia que ficou internada. "Ela estava tratando muito bem a quimioterapia até o dia 28 de agosto, quando ela teve a reação à quimioterapia, que toma no último dia de internação para ir embora para casa. Agora, ela não pode mais tomar essa injeção. Só pode tomar um outro tipo, importado”, contou.
Andrew falou que, segundo médicos, o Hospital Infantil tão tem o medicamento e, sem ele, a leucemia de Ewellyn pode se tornar mais agressiva. “Se não tomar essa medicação, tem risco da reincidência da doença. A preocupação maior é essa, já que demora uns seis meses para o remédio chegar. Até seis meses, ela já vai entrar em manutenção e não dá para esperar tanto tempo”, falou a mãe.
Com medo das consequências geradas pela falta da medicação, Andrew fez um apelo às autoridades. “Não sei como a gente faz. Vamos ver se os órgãos competentes dão uma ajudinha para a gente, para esse medicamento chegar antes de terminarem os blocos de quimioterapia”, pediu.
Médico
A Secretaria Estadual de Saúde garantiu que a falta do medicamento não vai prejudicar o tratamento de Ewellyn. "Os médicos fizeram o pedido desse medicamento, por ser um substituto daquele que ela teve alergia. Mas, por se tratar de um medicamento importado, existe um trâmite burocrático de importação. Nós não podemos esperar esse medicamento para tratar a paciente", falou o hematologista e farmacêutico Aminadab Francisco de Souza.
Segundo o hematologista, outros pacientes tiveram sucesso no tratamento sem o remédio substituto. "Ela está sendo tratada, de um modo adequado, com os outros medicamentos que fazem parte do protocolo. Outros pacientes que tiveram alergia foram tratados sem esse medicamento importado e responderam adequadamente", afirmou Aminadab.
* Com colaboração de Kaio Henrique, da TV Gazeta.

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