Segundo os pais, há um ano não há lanche na Escola Novo Horizonte.
Na hora do recreio, crianças comem manga ou caju.
Pai de cinco filhos, Sebastião Bandeira dos Santos diz que não consegue entender a falta de merenda escolar. "Na hora do intervalo, vai pra casa, come umas mangas verdes por aí. O que tem, é isso. [Merenda] não tem. Eu acho umas coisas muito ruins porque eu acho que a verba vem pra merenda dos colégios dos meninos, né? E aqui não tem", reclama.
Segundo as crianças, se não tiver a fruta, eles passam fome. "Um caju, uma manga. [Se não levar de casa] fica com fome", revela o estudante Ian Alves da Silva, de 11 anos. "A gente só brinca mesmo. A gente fica com fome", afirma a aluna Laura Pereira dos Santos.
Falta de estrutura
Além da falta de merenda, a unidade de ensino funciona em um ponto de reunião construído pela associação de moradores do povoado, que foi cedido à Prefeitura de Codó. A estrutura, feita de madeira e cimento, tem paredes sem reboco, chão sem piso e teto sem forro. Os bebedouros são de barro e a cozinha possui um fogareiro.
Segundo uma professora da instituição, que não quis se identificar, a merenda só teria chegado aos alunos uma vez este ano, no mês de junho, e teria durado somente duas semanas.
A Secretaria de Educação de Codó informou que a Escola Novo Horizonte recebeu merenda duas vezes este ano. A primeira vez, em maio, e a segunda, em julho. No segundo semestre, não há registros de entrega de merenda na escola. A secretaria diz que aguarda a liberação da verba pelo governo federal, o que ocorrerá até o fim da próxima semana.
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