Cerca de 800 médicos que prestam serviço em todo o estado estão sem receber os salários pelos serviços prestados à população baiana desde agosto. A denúncia foi feita ao Bocão News pelos profissionais de saúde vinculados à CooperSaúde, cooperativa de trabalho que terceiriza os serviços à Secretaria Estadual de Saúde (Sesab).
De acordo com o chefe do setor jurídico da CooperSaúde, Paulo Henrique Duarte, o atraso nos pagamentos dos salários é divido ao não repasse de recursos por parte do governo do Estado.
No total, a CooperSaúde fornece 1,5 mil profissionais. Nesta sexta-feira (31), conforme Duarte, o governo baiano resolveu pagar uma parte do que deve. Durante todo o dia uma força tarefa foi formada para tentar garantir o pagamento imediato aos médicos que prestam serviço no Hospital Geral do Estado (HGE), Ernesto Simões Filho, Hospital Regional de Guanambi, Luiz Viana Filho, Prado Valadares (Jequié), João Batista Caribé, Hospital Geral de Vitória da Conquista, Hospital Geral de Ipiaú, Clériston Andrade, Couto Maia, Instituto de Perinatologia da Bahia (Iperba) e Maternidade Ticila Balbino.
Já os médicos que trabalham no Hospital Geral Menadro de Farias, Hospital Geral de Camaçari, Hospital Roberto Santos e a Maternidade Albert Sabin, em Cajazeiras, só receberam os salários referentes a agosto no próximo dia 11 de novembro. Isso porque, conforme o advogado da CooperSaúde, a previsão da administração estadual é realizar o repasse só na próxima quinta-feira (7). O Bocão News tentou contato com a Sesab, mas a pasta não quis se pronunciar.
Conforme apurou a reportagem, os médicos baianos entregarão nos próximos dias um documento ao Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb) e ao Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed) com relatos de como o Estado tem tratado os profissionais da área e cobrar providência para que possam ter a garantia do pagamento pelo serviço prestado, já que a população baiana não pode ser prejudicada pelo descaso do poder público.
Alguns profissionais ouvidos pelo site relataram que os atrasos têm sido constantes, além de manterem vículo considerado precário, já que não assegura direitos trabalhistas.
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