Foto: Ag. Brasil
Os debates incluem o financiamento de campanha, o sistema eleitoral e a forma de coligação nas eleições proporcionais
A reeleição da presidenta Dilma Rousseff reabriu a discussão de
uma reforma política urgente no país – uma das promessas de campanha da
candidata do PT. Na primeira fala depois de obter a maioria dos voto
válidos no pleito, Dilma ressaltou que o tema será uma prioridade e que
vai procurar o Congresso Nacional e os movimentos sociais para
conversar. A presidenta voltou a insistir na necessidade de um
plebiscito para “legitimar” a discussão. A lista de temas a serem
debatidos é grande e inclui o financiamento de campanha, o sistema
eleitoral, a forma de coligação nas eleições proporcionais, além de
meios de melhorar representatividade de grupos como mulheres, negros e
indígenas. Especialistas ouvidos pela Agência Brasil concordam que a
medida é necessária, mas que será difícil colocá-la em prática. “Quando a
gente vai jogar o jogo de fato, as dificuldades naturalmente aparecem,
[inclusive] determinadas visões de reforma política que não coincidem.
Em geral, uma gama de propostas acaba sendo agregada ao texto, que se
torna complexo, pesado e de difícil avanço”, avalia o cientista político
Cristiano Noronha, da consultoria Arko Advice. Após as manifestações de
junho de 2013, a proposta da presidenta Dilma sobre a realização de
plebiscito para ouvir a população a respeito do tema não foi bem
recebida no Congresso Nacional. Por isso, segundo Noronha, a escolha de
um interlocutor do governo, capaz de fazer essa articulação, será
importantíssima. “O avanço de uma reforma política vai exigir de Dilma
Rousseff uma capacidade de articulação e diálogo que foi muito criticada
por não ter existido no primeiro mandato”, lembrou. POLÍTICA LIVRE
Karine Melo, Agência Brasil
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