Na atípica disputa de primeiro turno que se
encerra daqui a sete dias, o presidenciável do PSDB, Aécio Neves, trava
uma luta contra o tempo na tentativa de bater a candidata do PSB, Marina
Silva, que vem perdendo votos, e chegar ao 2º turno. Vencendo essa
etapa, acredita, teria mais condições de derrotar a presidente Dilma
Rousseff, por não ter a rejeição de Marina e contar com palanques fortes
em estados onde tucanos devem vencer já no 1º turno. A recuperação é
lenta, mas Aécio não desanima:
— Vou com gás. Temos time. Se eu subir 4 pontos, incendeia o país, e eu
viro presidente. Sobre o segundo turno, Aécio disse ser lenda que Dilma e
o PT preferem tê-lo como adversário no segundo turno. — Tenho dúvidas
se o PT quer mesmo me enfrentar no 2º turno. O melhor
termômetro são as ligações dos aliados. O Marconi (Perillo), o Beto
Richa e a Ana Amélia falando da nossa reação em seus estados.
Aécio e seus aliados dizem que, se chegarem lá, vão procurar ampliar o
diálogo com todas as forças de oposição, e preveem que,
majoritariamente, os 70% de eleitores que querem mudança se agregariam a
Aécio. — Não cogito a hipótese de não irmos para o segundo turno. E, em
segundo turno, ninguém é de ninguém — diz o candidato a vice na chapa de
Aécio, senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), explicando que nesta
etapa da disputa o voto não segue orientação de lideranças.
Na avaliação dos tucanos, num eventual 2º turno, Aécio não contaria
com o voto da esquerda do PSB de Marina, que deve ir para Dilma, mas,
sim, com o apoio da maior fatia de seu eleitorado, que não segue nenhuma
liderança, que é o voto do protesto antipetista. Os aecistas também
acham que deverão ter apoio de fatia grande de partidos da base
descontentes com Dilma.
Mesmo com a antipatia manifestada por Marina pelo PSDB, que ela
rotula de “velha política”, os articuladores da campanha de Aécio acham
que, como candidata de oposição ao PT, ela não teria como ficar neutra,
caso fique fora do segundo turno. O coordenador geral da campanha,
senador José Agripino (DEM-RN), diz que, passada a apuração, esperam o
apoio de Marina, do seu vice Beto Albuquerque (PSB-RS) e de todos que
tiveram candidatura de oposição.
— Independentemente de Marina manifestar apoio ou não, seu eleitorado
é majoritariamente de oposição ao PT. Quem for ao 2º turno será o
símbolo do antipetismo. Nosso grande cabo eleitoral será o sentimento
antimensalão, anticorrupção na Petrobras, anti aparelhamento das
instituições, antieconomia em debacle — avalia Agripino.
Um dos trunfos do tucano são os palanques fortes nos estados. O
governador de Goiás, Marconi Perillo, já adiantou, que se eleito no 1º
turno, vai se licenciar para viajar o país e ajudar Aécio sobretudo no
Centro-Oeste. O maior cabo eleitoral, entretanto, será o governador de
SP, Geraldo Alckmin, que caminha para uma reeleição tranquila no 1º
turno no maior colégio eleitoral do país. (Globo)
BLOG DO CORONEL
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