Dois jovens morreram em acidentes em rodovias da região noroeste do PR.
Para psicóloga pais precisam aprender a dizer não para filhos adolescentes.
Autonomia e independência são os principais motivos que levam jovens
com menos de 18 anos a dirigirem carros ou motos em rodovias estaduais
do Paraná.
A combinação de condutores jovens e inabilitados pode ser trágica. Na
região noroeste do estado, a Polícia Rodoviária Estadual (PRE) atendeu
três acidentes provocados por condutores adolescentes somente no último
mês. Nos três casos, dois menores sofreram ferimentos graves e dois
acabaram morrendo. Ausências sentidas diariamente pelas famílias.
Mesmo com poucos registros, o número de acidentes com condutores menores e inabilitados preocupa os órgãos de fiscalização de trânsito. Dados do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR) mostram que somente no ano de 2013 as as polícia Militar e Rodoviária atenderam 1.231 acidentes cujos condutores tinham menos de 18 anos. O número representa quase a metade de casos envolvendo acidentes com motoristas inabilitados durante o mesmo período. No ano passado, 2.780 acidentes foram provocados por motoristas sem habilitação.
A jovem Vittorya Limares, de 13 anos, foi uma das vítimas de imprudência no trânsito. Vittorya era passageira de uma moto conduzida por um adolescente de 17 anos. No dia 2 de agosto, os dois seguiam pela PR-567, entre Araruna e Cianorte, quando o menor resolveu fazer um retorno na pista e acabou atingindo um carro. A menina morreu no local do acidente e o motorista foi levado em estado grave para um hospital de Cianorte.
Para os pais, Vittorya sempre fará falta. “Ainda bem que temos muitos amigos, a família sempre está por perto e temos Deus para nos apoiar. Ela era uma excelente filha, era muito amorosa. Infelizmente foi uma fatalidade”, lamenta Noel Limares. Segundo Noel, a filha tinha falado que ia à missa com um amigo e que voltaria para casa logo após a celebração. “Se eu soubesse que ela pegaria carona com uma pessoa que não tem idade para dirigir, jamais a deixaria sair de casa nessas condições”, diz o pai de Vittorya.
“Os jovens acham que podem se arriscar e acabam abusando. Adolescentes pegam motos de pais, primos ou tios e se aventuram em rodovias que não são tão fiscalizadas acreditando que nada vai acontecer”, explica o comandante da PRE de Cianortex, Sargento Geberson Lisboa.
Ainda conforme a PRE, os acidentes ocorrem com mais frequência nos fins
de semana e no período da noite. “O único motivo para esse tipo de
situação ocorrer é porque os pais dão muita liberdade para as crianças.
Esses jovens pedem o carro emprestado para ir à padaria ou açougue e,
acabando indo para as rodovias”, detalha o Sargento Geberson.
Exemplo que vem de casa
Para a psicóloga Maria Carolina Schober de Araújo, se os pais não respeitam as leis de trânsito e liberam um veículo para um filho menor de idade, eles estão informando para o adolescente que qualquer regra pode não ser seguida. "Os pais precisam fazer uma reflexão mais aprofundada, tentar entender que não precisam realizar todos os desejos dos filhos. É necessário aprender a dizer não", explica Maria Carolina.
Como os jovens ainda não têm total discernimento sobre o que pode ou não fazer, os familiares precisam orientar corretamente o adolecente. "Os pais precisam explicar para os filhos que ter uma carteira de motorista é necessário estudo e conhecimento. O processo exigido para adquirir a carteira não é feito por acaso", pontua a psicóloga.
O pai da garota Vittorya que morreu ao pegar carona com um amigo, Noel Limares, deseja que tanto a Polícia Militar quanto as Polícias Rodoviárias redobrem as fiscalizações nas ruas das cidades e nas rodovias. “Todo o pai precisa se conscientizar que ao dar uma moto para o filho, também está comprando um caixão para ele. A polícia também precisa fiscalizar mais. Aqui em Araruna mesmo está cheio de adolescentes pilotando motos”, desabafa o cortador de cana.
Mesmo com poucos registros, o número de acidentes com condutores menores e inabilitados preocupa os órgãos de fiscalização de trânsito. Dados do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR) mostram que somente no ano de 2013 as as polícia Militar e Rodoviária atenderam 1.231 acidentes cujos condutores tinham menos de 18 anos. O número representa quase a metade de casos envolvendo acidentes com motoristas inabilitados durante o mesmo período. No ano passado, 2.780 acidentes foram provocados por motoristas sem habilitação.
A jovem Vittorya Limares, de 13 anos, foi uma das vítimas de imprudência no trânsito. Vittorya era passageira de uma moto conduzida por um adolescente de 17 anos. No dia 2 de agosto, os dois seguiam pela PR-567, entre Araruna e Cianorte, quando o menor resolveu fazer um retorno na pista e acabou atingindo um carro. A menina morreu no local do acidente e o motorista foi levado em estado grave para um hospital de Cianorte.
Para os pais, Vittorya sempre fará falta. “Ainda bem que temos muitos amigos, a família sempre está por perto e temos Deus para nos apoiar. Ela era uma excelente filha, era muito amorosa. Infelizmente foi uma fatalidade”, lamenta Noel Limares. Segundo Noel, a filha tinha falado que ia à missa com um amigo e que voltaria para casa logo após a celebração. “Se eu soubesse que ela pegaria carona com uma pessoa que não tem idade para dirigir, jamais a deixaria sair de casa nessas condições”, diz o pai de Vittorya.
“Os jovens acham que podem se arriscar e acabam abusando. Adolescentes pegam motos de pais, primos ou tios e se aventuram em rodovias que não são tão fiscalizadas acreditando que nada vai acontecer”, explica o comandante da PRE de Cianortex, Sargento Geberson Lisboa.
Exemplo que vem de casa
Para a psicóloga Maria Carolina Schober de Araújo, se os pais não respeitam as leis de trânsito e liberam um veículo para um filho menor de idade, eles estão informando para o adolescente que qualquer regra pode não ser seguida. "Os pais precisam fazer uma reflexão mais aprofundada, tentar entender que não precisam realizar todos os desejos dos filhos. É necessário aprender a dizer não", explica Maria Carolina.
Como os jovens ainda não têm total discernimento sobre o que pode ou não fazer, os familiares precisam orientar corretamente o adolecente. "Os pais precisam explicar para os filhos que ter uma carteira de motorista é necessário estudo e conhecimento. O processo exigido para adquirir a carteira não é feito por acaso", pontua a psicóloga.
O pai da garota Vittorya que morreu ao pegar carona com um amigo, Noel Limares, deseja que tanto a Polícia Militar quanto as Polícias Rodoviárias redobrem as fiscalizações nas ruas das cidades e nas rodovias. “Todo o pai precisa se conscientizar que ao dar uma moto para o filho, também está comprando um caixão para ele. A polícia também precisa fiscalizar mais. Aqui em Araruna mesmo está cheio de adolescentes pilotando motos”, desabafa o cortador de cana.
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