Parceria foi firmada entre o Conselho Nacional de Justiça e empresas.
Empresas são de pequeno e médio porte de diferentes segmentos.
Uma das empresas é a Romazzi, do segmento de materiais elétricos, que mantém um núcleo de 11 detentos na empresa. De acordo com Lara Siebra Pinheiro, coordenadora de recursos humanos da Romazzi, a empresa oferece treinamento para os internos, que atuam na montagem de materiais elétricos semiacabados, realizado por um funcionário que foi contratado após terminar de cumprir sua pena. “Quando vemos que uma pessoa foi recuperada e deu outra destinação à sua vida, ficamos muito gratos, sentimos que a empresa está cumprindo a sua contribuição social”, diz Lara.
Os internos que trabalham no núcleo da Romazzi têm uma meta de produção diária de 10 quilos em peças eletrônicas, que são encaminhadas para a empresa, situada no polo industrial de Maracanaú, na Grande Fortaleza, para acabamento final e embalagem. De acordo com Lara, há "ansiedade e vontade deles" em trabalhar após o cumprimento da pena. “Sempre dizemos que aqueles que tiverem uma boa conduta poderão ter essa oportunidade”.
Para José Marrom, proprietário da Marrom World Contabilidade e Emplacamentos, empresa de pequeno porte que conta com três funcionários, a principal barreira que os presidiários enfrentam ao ingressar no mercado de trabalho é o preconceito. A Marrom Contabilidade teve a experiência de contratar, há um ano e meio, um presidiário do regime aberto para serviços de contabilidade e, após o término da pena, o jovem de 28 anos deixou a empresa porque conseguiu emprego em uma farmacêutica, em um cargo mais alto. “Após ter a oportunidade de trabalhar, ele não voltou mais para o crime e eu não teria problemas em receber outra pessoa nessa condição”, disse José Marrom.
Nenhum comentário:
Postar um comentário