Pedido para atuação do MS na fronteira já foi feito ao governo federal.
Ministra Ideli esteve no Acre, nesta sexta-feira (29), e pediu 'entrada legal'.
Secretário de Justiça e Direitos Humanos do AC disse que pedido para Ministério da Saúde já foi feito (Foto: Yuri Marcel/G1)
O governo do Acre quer uma equipe do Ministério da Saúde na fronteira
do estado com o Peru para controlar a entrada de imigrantes senegaleses
por causa do vírus ebola. De acordo com o secretário de Justiça e
Direitos Humanos do Acre, Nilson Mourão, o pedido já foi feito ao
governo federal e reforçado, nesta sexta-feira (29), durante a visita
da ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da
República (SDH/PR) Ideli Salvatti, ao estado.O anúncio do pedido foi feito durante a visita da ministra ao abrigo para imigrantes mantido pelo governo do estado. Mourão ressaltou que a medida se refere apenas aos imigrantes senegaleses.
"Já notificamos o governo federal e a ministra veio ver in loco e vai envidar todos os esforços para que nos próximos dias tenhamos uma equipe do Ministério da Saúde fazendo triagem e controle absoluto dos senegaleses na fronteira. Os haitianos não têm esse problema, mas no caso dos senegaleses isso vai ser feito. O que queremos é acelerar esse processo”, disse.
Atualmente existem 267 imigrantes no abrigo mantido no Acre e embora a maioria tenha vindo do Haiti, 39 são do Senegal, país que teve o primeiro caso confirmado de ebola pelo Ministério da Saúde do país, nesta sexta-feira (29).
Ebola
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a África Ocidental enfrenta a maior epidemia de ebola em número de pessoas contaminadas, vítimas fatais e extensão geográfica, desde a descoberta da doença em 1976.
De acordo com um balanço da OMS divulgado na última quinta-feira (28), já são 1.552 mortos pela doença. Mais de 40% de um total de 3.069 casos foram registrados nos últimos 21 dias. A situação fez com que a organização declarasse a epidemia como emergência pública sanitária internacional.
Em visita ao abrigo no Acre, ministra pediu que imigrantes procurem embaixadas brasileiras (Foto: Yuri Marcel/G1)
Ministra faz apelo para que imigrantes entrem de forma legal no paísCumprindo agenda no Acre, a ministra Ideli Salvatti fez um apelo para que os imigrantes que estão no abrigo mantido em Rio Branco orientem familiares e amigos que desejam vir ao Brasil a procurar as embaixadas brasileiras em seus países de origem e façam a imigração de maneira legal.
Durante uma conversa com os imigrantes, a ministra reforçou que o Brasil possui política de portas abertas para recebê-los e pediu o apoio para que essa política fosse divulgada. "As embaixadas brasileiras estão orientadas a acolher e facilitar a vinda legal dos imigrantes para o Brasil. Não venham pelos coiotes, pelas embaixadas é mais seguro, mais correto e será inclusive mais rápido", enfatizou.
Ela acredita que dessa forma pode ainda reduzir o fluxo de imigrantes que entram no país pelo Acre. "Se eles entram pela rota legal não virão para o Acre, mas para São Paulo, Rio, Belo Horizonte, outros pólos onde há condição melhor de acolhimento e mercado de trabalho, que é o que eles estão procurando", afirmou.
De acordo com a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos no Acre (Sejudh) desde dezembro de 2010, o Acre já recebeu mais de 20 mil imigrantes que chegam ao Brasil através da fronteira entre o estado e o Peru. A maioria, são haitianos que buscam reconstruir a vida, após o terremoto que devastou a capital do Haiti, Porto Príncipe, porém, outros imigrantes vindos de países como o Senegal e a República Dominicana também utilizam a rota.
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