Casos de pessoas que perderam a Carteira Nacional de Habilitação traz alerta para um mal que cresce a cada dia
Tanto os novos condutores quanto os que renovam a CNH estão sujeitos a perder a habilitação caso estejam obesos
Que
a obesidade é uma doença crônica que afeta cada vez mais a população
todos sabem, mas o que fazer quando isso impede alguém de exercer uma
profissão? Segundo a gerente do setor médico e psicológico do
Departamento Estadual de Trânsito do Amazonas (Detran-AM), Tatiana
Amorim a resolução 425 do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran)
estabelece que no ato da renovação ou mudança da Carteira Nacional de
Habilitação (CNH) para categorias C, D e E usadas principalmente por
pessoas que exercem a função de forma remunerada uma avaliação médica
deve ser realizada.
De
acordo com Tatiana Amorim os casos de pessoas obesas que perdem a CNH e
o direito de dirigir veículos de trabalho tem crescido. Na última
semana um condutor que solicitou a mudança da categoria B (veículo
pequeno) para D (utilizado no transporte de passageiros) teve a
habilitação retida no setor médico do Detran, pois não apresentou as
condições necessárias para receber o documento.
O
médico perito de aptidão, Edmilson Vilar de Aguiar, diz que essa
restrição não visa a exclusão dos obesos, mas a segurança do próprio
condutor. Ainda segundo o médico, um motorista a partir de 120 quilos,
além de estar acima do peso perde a agilidade para fazer uma manobra
rápida, pode apresentar algum distúrbio do sono. “A obesidade
normalmente vem associada com outras doenças como o diabetes e a
hipertensão, portanto o risco desse condutor ter algum problema no
exercício da função é grande”, garantiu o médico.
Os
condutores que já exercem a função remunerada de motorista quando são
considerados inaptos para dirigir são encaminhados para o INSS para
receber auxilio doença.
O
médico Edmilson Vilar diz que mesmo nos casos em que as pessoas estão
buscando retirar a CNH pela primeira vez em qualquer categoria a
orientação é a mesma nos casos em que são identificados um sobrepeso. “O
perito de aptidão sempre orienta que as pessoas busquem ajuda médica
para perder peso, pois isso pode influenciar no dia a dia como
motorista”, acrescentou o médico.
O
endocrinologista, Mário Quadros, lembra que algumas profissões exigem
uma resistência física como motorista de ônibus ou piloto de avião. “Um
piloto de avião não pode ser obeso até mesmo pelo ambiente onde ele
trabalha”, enfatizou o médico.
Em números
200 mil
é o número de pessoas obesas no Amazonas. Segundo o médico
endocrinologista Mário Quadros nos últimos dez anos 25% da população do
Estado se tornou obesa principalmente nas classes C e D, devido a má
alimentação. Para o médico as pessoas com poder aquisitivo maior têm
condições de se alimentar é melhor em detrimento a população mais pobre.
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