Foto: Dayana Souza
Os romeiros deixaram a Catedral
Metropolitana de Vitória por volta das 20 horas rumo aos 16 quilômetros
até o Parque da Prainha em Vila Velha. Na benção, o padre Carlos Antônio
da Conceição invocou à santa bençãos para que todos os participantes
conseguissem cumprir o percurso.
Foto: Dayana Souza
Mariana e Erivelton levaram o pequeno Kauã e pediram pelo filho à Nossa Senhora
Foto: Dayana Souza
Luciano Rezende e sua esposa foram a Romaria dos Homens juntos pela primeira vez
Há mais de dez anos outro que faz
questão de caminhar com a Virgem é Marcos Aurélio Siviero, 52. E ele vai
com o propósito de levar o povo em oração. Para isso, puxa e comanda a
reza do terço (oração em que faz a oração da Ave Maria 53 vezes, seis do
Pai Nosso e uma Salve Rainha). "Eu já vinha e rezava meu terço sozinho,
mas percebia que ao longo do trajeto muitas pessoas ficavam dispersas.
Foi quando comecei a rezar em voz alta e as pessoas passaram a me
acompanhar", relatou. Marcos puxa o terço cerca de oito vezes ao longo
do trajeto até a Prainha.
Foto: Dayana Souza
Veículos circularam entre os romeiros no sentido Vila Velha-Vitória
"Trabalhei o dia todo em Campo Grande e
estava voltando para casa, em São Pedro. Apesar do cansaço, não faz mal
esperar. Deu até vontade de participar, mas eu estou muito cansado",
disse o usuário. Já o motorista, Delson Belizari, 56, afirmou que não
teria problema aguardar. Mas que muitos passageiros reclamam. "Alguns
passageiros ficam muito impacientes, mas temos que esperar. Na verdade
nem demora tanto".
Para
o povo não sentir o cansaço e aguentar o pique até o final, trios
elétricos estavam entre a multidão com músicas e orações. Por volta da
meia-noite a imagem de Nossa Senhora da Penha chegou a Prainha e foi
recebida com muita fé, devoção e emoção pelos fiéis. Até chegar até o
altar, os romeiros que carregaram a santa levaram cerca de 30 minutos e
só então houve o início da missa de encerramento da romaria.
Representante do Papa Francisco presidiu missa
Na chegada à Prainha, aconteceu a
missa, presidida pelo Núncio Apostólico, Giovanni D’aniello -
representante do Papa Francisco -, e concelebrada pelo arcebispo Dom
Luiz Mancilha, pelos bispos auxiliares, Dom Rubens Sevilha e Dom
Wladimir Lopes, e o bispo de São Mateus, Dom Zanone.
Dom Giovanni se disse emocionado e
feliz de estar conhecendo a festa da padroeira e o Espírito Santo num
momento em que os devotos mostram amor e fé em Nossa Senhora. Ele disse
que estava grato pela oportunidade e que o Papa estava em oração pelos
fiéis capixabas.
Sobre a romaria, o Núncio Apostólico
afirmou que três verbos sintetizavam a caminhada: caminhar, encontrar e
partir. "Caminhar, representa todos que saíram da Catedral e juntos
foram caminhar para Deus, juntos com Maria. Encontrar, porque as pessoas
se juntaram, se encontraram na fé. Encontrar-se é comunhão e hoje à
noite vocês se encontraram em comunhão e caminharam para Deus. Por fim,
partir é o recomeço. Após chegarem até aqui, vocês voltam para suas
casas e para as suas vidas com a missão de levar Cristo. Temos que pegas
as alegrias de Nossa Senhora das Alegrias e levar Cristo para todos".
O representante do Papa Francisco
afirmou que rezará para que a comunidade católica capixaba encontre com
Deus de forma perpétua, e não de forma ocasional.
Emocionado, o romeiro Carlos Alberto
do Carmo, 49, era só alegria ao final da celebração. Ele, que junto com
um grupo de homens carregou a imagem da Virgem da Penha da Catedral ao
altar, no palco montado na Prainha de Vila Velha, disse que uma das
maiores emoções na vida dele, é poder está perto da santa. Há 31 anos
ele participa do cortejo. "É cansativo sim, mas é uma emoção e falta
fôlego e palavras para explicar tudo isso. É uma emoção ficar perto de
Nossa Senhora", concluiu o católico praticante.
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