MEDIÇÃO DE TERRA

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terça-feira, 29 de abril de 2014

Concessionárias contam os dias para normalização de vendas no Acre


Concessionárias ficaram prejudicadas devido à cheia do Rio Madeira.
'As vendas chegaram a zero', diz diretor de concessionária em Rio Branco.

Rayssa Natani Do G1 AC

Concessionárias no Acre continuam sem receber veículos (Foto: Rayssa Natani/G1)Concessionárias no Acre continuam sem receber veículos (Foto: Rayssa Natani/G1)
Com a reabertura da BR-364, que liga o Acre aos demais estados do país, bloqueada por quase três meses em decorrência da cheia do Rio Madeira, em Porto Velho (RO), e liberada para veículos pesados no dia 22 deste mês, os donos de concessionárias contam os dias para a normalização das vendas e contabilizam os prejuízos.
De acordo com o presidente Federação do Comércio do Acre (Fecomércio/AC) Leandro Domingos, depois da reabertura da BR-364, a primeira cegonha com veículos chegou ao estado no último dia (25). "Provavelmente durante esta semana cheguem na capital entre 200 e 250 carros novos. Aos poucos, a situação está sendo normalizada", garante.
Segundo o gerente da Honda Ivel Acre, Emedlan Fernandes, o prejuízo jamais será ressarcido, até porque, para isso, seria necessário aumentar os custos para o consumidor. "Nós não vamos fazer isso, porque não achamos justo. Nunca vamos recuperar o que perdemos que foi entorno de R$ 400 mil", diz.
Fernandes afirma ainda que entre veículos novos e usados, em média, 70 carros eram vendidos por mês na concessionária, antes da cheia histórica. "As vendas chegaram a zero. Em fevereiro vendemos o último estoque que tínhamos, que eram 12 carros. Em março e abril não vendemos nada", lamenta.
O diretor da Honda no Acre conta ainda que na tentativa de amenizar a situação, foi necessário cortar alguns gastos. "Na verdade não tínhamos muito o que fazer. Precisamos cortar despesas e investimentos. Tenho obras e projetos de expansão da loja parados", diz.
Para o presidente da Fecomércio/AC, Leandro Domingos, os prejuízos são incalculáveis. "Com cerca de três meses tendo despesas e com uma receita muito baixa, porque os estoques que nós temos são poucos, a gente não pode nem mensurar o valor do prejuízo. A queda do volume de carros vendidos no mês de março em comparação com fevereiro foi de 60% e em abril, foi muito maior, chegando a quase 80%", afirma.
Domingos, que também é dono da Fiat Comauto em Rio Branco, acredita ter perdido entre R$ 1 milhão a R$ 2 milhões durante este período.
Rodrigo é consultor e diz que cheia do Rio Madeira prejudicou suas vendas (Foto: Rayssa Natani/G1)Rodrigo é consultor e diz que cheia do Rio Madeira
prejudicou suas vendas (Foto: Rayssa Natani/G1)
Funcionários
Além disso, as empresas tiveram também que realizar adiantamentos salariais para os funcionários, que sobrevivem de comissão. "Os consultores de vendas em todas as concessionárias são remunerados pelo volume da vendas, eles são comissionados. Então, se não tem venda, terminam com salário baixo. A maior parte das concessionárias está dando adiantamento de salário para negociar mais na frente, até que a situação se normalize", explica Leandro.
Rodrigo Carvalho trabalha há 12 anos como vendedor da Fiat Comauto. Segundo ele, costumava vender em períodos normais até 20 carros por mês, mas após o fechamento da BR, chegou a vender 7 carros em março e 2 em abril.
"Todos nós como líderes de família temos despesas mensais, receitas, custos que requerem um valor para se manter, então foi complicado sermos pegos de surpresa. Nós praticamente ficamos sem salário durante esses meses. O salário caiu cerca de 75%. Apertou muito", afirma.

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