Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
Em entrevista
nesta quarta-feira (30/4) às rádios Metrópole e Tudo FM, de Salvador, a
presidente Dilma Rousseff considerou “normal” o manifesto “Volta Lula”,
anunciado na segunda-feira (28) pelo líder do PR na Câmara, deputado
Bernardo Vasconcellos (MG). Para Dilma, em ano eleitoral é possível
ocorrer fatos “concebíveis” e “até os inconcebíveis”.
“[O volta Lula] é uma situação normal. Gostaria que, quando eu for
candidata, eu tenha o apoio da minha própria base. Mas não havendo esse
apoio, vamos tocar em frente. Sempre por trás das coisas existe outras
explicações. Daqui até o final do ano, tenho uma atividade
importantíssima para fazer, que não posso me desligar”, explicou a
presidente.
Na última segunda-feira, o líder do PR, leu um manifesto,
assinado por 20 dos 32 deputados da bancada, em que pedem que o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja candidato à Presidência da
República. De acordo com o líder do PR, Lula é o único capaz de conduzir o país “neste momento de crise econômica”.
Em resposta ao radialista Mário Kertész, da rádio Metrópole,
Dilma ressaltou que gosta de sua função. “Eu gosto [de ser presidente],
sabe por quê? Porque vamos fechar este ano com mais 750 mil cisternas construídas
no semiárido. Com as cisternas construídas no governo do ex-presidente
Lula e no meu, vamos chegar a 1,1 milhão de unidades. Isso me faz gostar
muito de ser presidente”, destacou. Dilma citou também números do
Pronatec e do Programa Minha Casa, Minha Vida para justificar o gosto de
ser presidente.
César Borges
Dilma Rousseff destacou, também, a atuação do ex-governador
da Bahia e ex-senador César Borges, do PR, à frente de uma das mais
importantes pastas de seu governo, o Ministério dos Transportes. "O melhor ministro dos Transportes", disse.
Um dos principais líderes do PR é Waldemar da Costa Neto, que está na
Penitenciária da Papuda, condenado no processo do Mensalão.
Racismo
A presidente voltou a elogiar atitude do jogador brasileiro Daniel
Alves, vítima de racismo durante uma partida pelo Barcelona. Alves se
preparava para uma jogada, quando a torcida atirou uma banana no campo. O
jogador descascou e comeu a fruta.
“Não podemos deixar de afirmar esse valor, que é o valor do sangue
afro-descendente, indígena e branco em um país diverso, multidiverso,
como é o Brasil. A força contra o racismo vai ser muito presente na
Copa”, frisou. O papa Francisco irá mandar uma mensagem contra o racismo
para a abertura da Copa.
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