Todo os candidatos que disputaram a reeleição com soma de ótimo e bom igual ou inferior a 34% foram derrotados. Aprovação de Dilma está em 32%. A própria base governista busca planos alternativos.
BLOG IMPLICANTE
As eleições de 2014 estão cada vez mais
próximas dos pesadelos do PT. O governo de Dilma Rousseff, potencial
candidata à reeleição, vem caindo na aprovação popular e nas pesquisas de intenção de voto, e vários especialistas já apontaram que ela não é mais favorita na disputa. Agora, o sociólogo e cientista político Alberto Carlos Almeida, do Instituto Análise, disse em entrevista à InfoMoney que a presidente já entrou em uma “zona de perigo” ao ver sua aprovação cair para 34%.
Ao ser questionado sobre o porquê de sua
afirmação, Almeida explicou que ela está dentro do contexto das
eleições para governador.
Existe uma certa equivalência entre o eleitor e o representante quando se trata de governador e presidente. São cargos distantes do eleitor, então a avaliação é mais impessoal. Nos casos estudados (de 1994 a 2010), 100% dos governadores que disputaram a reeleição com a soma de ótimo e bom igual ou maior do que 46% foram reeleitos, enquanto 100% dos governadores que disputaram a reeleição com soma de ótimo e bom igual ou inferior a 34% foram derrotados.
Segundo ele, com uma aprovação de 32%,
Dilma não tem mais gordura para perder nas avaliações, o que tira dela o
favoritismo na eleição. E o governo está ciente disso: a cúpula de sua
pré-campanha mudou de estratégia e agora está focada em fazê-la parar de cair nas pesquisas.
Integrantes do governo e do PT já não escondem alguma apreensão no front eleitoral. Nos bastidores, enxerga-se pouca “margem de manobra” para combater não só o declínio nas sondagens eleitorais, mas o sentimento “difuso” de pessimismo que hoje atinge uma boa parte do eleitorado. Há viés de baixa na avaliação das principais áreas da administração dilmista.
Com esse cenário de incerteza, e sem muitas perspectivas de melhora, alguns aliados de Dilma têm constrangido a presidente ao pedir a candidatura de Lula.
A bancada do PR na Câmara dos Deputados lançou um manifesto com um apelo para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entre na corrida presidencial como candidato no lugar de Dilma, argumentando que ela não é preparada como ele para fazer a economia do país voltar a crescer com vigor.
Enquanto isso, o ex-prefeito de São
Paulo Gilberto Kassab (PSD), que havia declarado apoio a Dilma em
novembro, organizou um jantar em seu apartamento com os tucanos Aécio
Neves, candidato do PSDB à presidência, e José Serra. Aécio afirmou que
foi apenas um encontro entre amigos, mas a movimentação preocupou o PT.
Na cúpula do PT, a movimentação dos dois partidos preocupa porque expõe a fragilidade da presidente e estimula os defensores da volta de Lula à disputa eleitoral, num momento em que a popularidade da presidente está em queda e a insegurança da população com os rumos da economia está crescendo.
Com todos esses pedidos por sua
candidatura, e com Dilma isolada e sem apoio dentro do partido, Lula tem
precisado responder questionamentos a respeito dessa possibilidade. De
acordo com o blog de Gerson Camarotti,
ele teria dito, em recente viagem pelo interior paulista, que isso “não
é justo com a Dilma”; e, em entrevista a uma emissora de TV portuguesa
no último fim de semana, reafirmou apoio à presidente.
Mas toda essa conjuntura desfavorável a
Dilma e ao PT, que certamente prefere não correr riscos, de certa forma
corrobora a afirmação da colunista Joyce Pascowitch, que dá como certa a candidatura de Lula.
O alto empresariado brasileiro, que tinha dificuldade em dialogar com o Planalto, pode começar a ficar mais tranquilo. O candidato do PT à Presidência da República deverá ser mesmo Lula. Ele já deu como certa nesse fim de semana, para amigos mais próximos, sua intenção de voltar ao posto. No PT, a decisão é vista com bons olhos, já que o partido não concorda com várias posições da presidente Dilma Rousseff.
Embora o veículo no qual a notícia foi
veiculada seja mais preocupado em transmitir fofocas, possui certa
entrada no meio político, e, diante das circunstâncias, essa informação
não deve ser totalmente descartada. Mesmo porque há o risco de ter sido
“plantada” por alguma ala opositora dentro do próprio governo Dilma. Via
assessoria, em resposta ao Glamurama, Lula novamente negou a candidatura.
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