Mesmo
diante da desvalorização da profissão, alguns professores encaram as
dificuldades e, com dedicação e muita criatividade, ajudam a melhorar
ensino na rede pública
Anderson Costa JORNAL O HOJE
Alguns professores da rede pública não
tomam conhecimento das dificuldades da profissão e investem tempo, o
próprio dinheiro e muita criatividade para melhorar o aprendizado de
seus alunos. A reportagem de O HOJE buscou histórias de professores que
conseguiram demonstrar que com dedicação e uma boa dose de engenhosidade
é possível oferecer educação de qualidade na rede pública.
O nosso primeiro personagem é o
professor de Educação Física e fisioterapeuta, Cláudio Pereira Neves, de
45 anos, que trabalha no Centro Municipal de Apoio à Inclusão (Cmai)
Brasil Di Ramos Caiado, no Bairro Rodoviário, sudoeste de Goiânia.
Usando seus conhecimentos de
fisioterapeuta, Cláudio projetou uma carteira escolar que se adapta a
vários tipos de deficiências físicas. O professor percebeu que a má
postura e o desconforto de alunos com algum tipo de deficiência física
era um fator que estava comprometendo em muito o rendimento desses
estudantes em sala de aula.
De acordo com o professor, as carteiras
adotadas em escolas públicas e mesmo particulares no Brasil seguem um
padrão universal de mobiliário e não possuem nenhum tipo de adaptação
para pessoas portadores de necessidades especiais (PNE). “Pesquisei na
Internet vários modelos de cadeiras desenvolvidas para pessoas com PNE.
Como era impossível fazer uma carteira escolar para cada tipo de
deficiência física, pensei em criar uma carteira que se adaptasse a
vários tipos de deficiência como paralisia cerebral, amputados, cadeiras
e crianças com distrofias musculares”, explica o professor.
Parceria
O projeto da carteira adaptável do
professor Claúdio virou realidade graças a uma parceria com a Associação
de Deficientes Físicos do Estado de Goiás a (Adfego). “Contatamos a
Adfego, que possui uma empresa chamada Mão na Roda, especializada na
fabricação de dispositivos para pessoas com deficiência física. Eles
executaram nosso projeto e já conseguimos fabricar 70 carteiras que são
entregues a unidades escolares que possuem alunos com deficiência
física”, relata Cláudio.
A Secretaria Municipal está licitando a
contratação de uma empresa para dar continuidade à fabricação de
carteiras adaptadas conforme a demanda de cada unidade.
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