Manifestantes protestaram contra medidas de austeridade.
Passeatas foram pacíficas em Madri, Lisboa e outras cidades dos 2 países.
Em
Madri, manifestantes levam cartaz que diz 'Piigs contra a "troica"', se
referindo aos países europeus com maiores problemas econômicos:
Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha. (Foto: Quique Garcia/AFP
PHOTO )
As manifestações são contra a troika de credores internacionais - FMI,
União Europeia e BCE -, que impôs condições estritas a países como Espanha, Grécia e Portugal, em troca de resgates financeiros.A tensão se agravou e a polícia alemã usou gás de pimenta e bastões contra os manifestantes do movimento Blockupy neste sábado (1º), quando milhares de pessoas saíram às ruas da cidade alemã de Frankfurt para protestar contra as políticas de austeridade aplicadas na Europa. É o segundo dia de protestos.
Idoso protesta levantando bengala, em Madri, onde
manifestantes foram às ruas contra a "troica".
(Foto: Quique Garcia/AFP PHOTO)
Espanhamanifestantes foram às ruas contra a "troica".
(Foto: Quique Garcia/AFP PHOTO)
Na Espanha, a "troica" também supervisionou duras reformas econômicas introduzidas pelo governo conservador espanhol, e um resgate dos bancos espanhóis que ofereceu 40 bilhões de euros ao setor.
Milhares de manifestantes, agitando bandeiras, fizeram uma passeata pacífica por uma avenida central de Madri até a delegação local da Comissão Europeia.
"Estamos aqui para lutar contra as regras da troika, porque achamos que eles estão governando apenas para o bem dos grandes capitalistas, contra a vontade da maioria", disse o bancário aposentado Rafael Herguezabal, 75.
Ele culpou a troika por políticas introduzidas na Espanha por pressão de Bruxelas, como reformas trabalhistas e cortes e privatizações, que o governo alega serem necessárias para estabilizar as finanças públicas.
"Os governos europeus fazem o que a troika determina, ao custo de empobrecer a classe trabalhadora", criticou Herguezabal.
Portugal
Em Portugal, cartazes diante da representação do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Lisboa, em uma das principais avenidas da capital portuguesa, diziam "Basta! Troica fora! Governo demissão! Respeito!"
Os manifestantes gritavam contra o programa de austeridade imposto há dois anos por FMI, Banco Central Europeu e UE em troca de uma ajuda de 78 bilhões de euros.
O protesto, convocado pelo movimento apolítico "Que se lixe a Troica" e por vários sindicatos, entoou a tradicional "Grandola Vila Morena", o hino da Revolução dos Cravos, que em 1974 derrubou a ditadura salazarista.
"Não sou responsável pelos erros deles. É injusto que mantenham seus privilégios enquanto a população aperta o cinto", disse à AFP Manuel Oliveira, um agente de segurança. "Acredito que não nos resta outra coisa que fazer a revolução. Estas manifestações não mudarão nada", afirmou um aposentado carregando um cartaz exigindo a partida da Troica.
A Confederação Geral de Trabalhadores Portugueses (CGTP), principal sindicato do país, convocou na sexta-feira uma greve geral para 27 de junho contra as novas medidas de austeridade exigidas pela Troica.
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