Ato reuniu 300 pessoas e ativistas tentaram protocolar pizza na Câmara.
Manifestantes pedem abertura de CPI para apurar contratos do Transporte.
Manifestantes se acorrentam em frente à Câmara
em protesto (Foto: Erick Julio/G1 Campinas)
Após 96 horas de espera em vão, manifestantes de Campinas
(SP) apostaram em atos criativos e inusitados, nesta sexta-feira (28),
para pressionar os governantes a se posicionar sobre as oito
reivindicações feitas pela Frente Contra o Aumento da tarifa do
transporte público. O ato teve ativistas acorrentados durante três horas
e meia ao prédio da Câmara, além de tentativa de protocolar uma pizza
na sede do Legislativo, e passeata de cinco quilômetros que reuniu,
segundo a PM, 300 pessoas.em protesto (Foto: Erick Julio/G1 Campinas)
Quando trancaram os cadeados das correntes no portão de entrada da Câmara, por volta das 17h, a promessa era de que os nove manifestantes só sairiam dali quando os vereadores decidissem pela instauração de uma comissão para apurar os contratos municipais do transporte público. A força tarefa montada pela Guarda Municipal, com o apoio da PM, entretanto, forçou o grupo a repensar a postura e, por uma questão de segurança, as correntes foram desatadas às 20h20.
“Pelo tamanho do aparato policial, pela segurança de quem estava acorrentado ali e pelo sinal negativo de até agora ninguém vir nos receber, a gente optou por, nesse momento, recuar pela segurança das pessoas”, disse Luiz Muller, um dos líderes do movimento.
A decisão dividiu os próprios manifestantes e, após assembleia, o grupo decidiu desfazer as correntes e marchar até o Largo do Rosário, onde ficou definido um novo encontro no domingo (30) para estabelecer novas estratégias, agora com o intuito de derrubar o secretário municipal de Transportes, Sérgio Benassi.
Concentração para passeata ocorreu no Largo do Rosário em Campinas (Foto: Lana Torres/G1)
PizzaAntes de se acorrentarem ao portão de entrada da Câmara, os ativistas tentaram protocolar uma pizza no setor responsável por receber documentos no Legislativo. A ideia era encaminhar o simbólico alimento ao presidente Campos Filho.
Enquanto o grupo pequeno protestava na Câmara, no Largo do Rosário, tinha início a concentração para a passeata que seguiu até a sede do Legislativo em apoio aos então acorrentados. A caminhada passou pela Avenida Francisco Glicério, depois Avenida da Saudade de forma pacífica e focada nas reivindicações pelo transporte público municipal.
Como não foi atendida nos oito pedidos entregues a vereadores na segunda-feira (24), a Frente Contra o Aumento decidiu engrossar o discurso e, agora, reivindica a saída de Benassi da pasta. “Acorrentados são os vereadores e o secretário de Transportes que estão amarrados aos grandes empresários do transporte”, disse Diana Nascimento, uma das acorrentadas.
O G1 tentou contato por celular com o titular da pasta na noite desta sexta-feira, mas Benassi não retornou aos recados até a publicação desta reportagem. O presidente da Câmara Campos Filho disse que entende que as respostas aos manifestantes foram dadas na reunião de quinta-feira, quando o secretário conversou com o grupo e negou as reivindicações.
Nenhum comentário:
Postar um comentário