Equipe médica reclama da falta de segurança e de profissionais.
São seis médicos para atender em média 900 pacientes por dia.
Cartazes foram fixadas na entrada da unidade de saúde na Zona Leste de Porto Velho (Foto: Reprodução/TV RO)
Médicos da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Zona Leste de Porto Velho
protestaram na sexta-feira (28) por melhorias na unidade de saúde, mais
segurança e mais profissionais. Além disso, pacientes reclamam da
demora no atendimento.Para a equipe médica, o número de profissionais é insuficiente. São seis médicos para atender em média 900 pacientes por dia. Há menos de 10 dez dias, o Sindicato dos Médicos de Rondônia (Simero) denunciou a falta de profissionais da saúde nas UPAs de Porto Velho. Segundo o órgão, os profissionais estão trabalhando além do limite. Em cada plantão, deveria haver seis médicos. A Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) alegou que novos profissionais devem ser contratados.
Outra preocupação dos médicos são os roubos e falsificações, principalmente de atestados médicos. Os profissionais relatam que constantemente aparecem pessoas que invadem o consultório e roubam blocos de atestados, encaminhamentos médicos e solicitações de exames complexos. "Eles simplesmente falsificam a assinatura do médico, mandam fazer o carimbo e ai vem o problema. Ele [médico] vai responder juridicamente por causa de uma assinatura falsa", explica a médica Monique Ribeiro.
Os pacientes também reclamam do atendimento. Marilza Francisco Coelho diz que fez um exame da unidade de saúde e o médico suspeitou de dengue hemorrágica. "Estou com muita dor de cabeça, no abdômen e tontura. Já fui na UPA da Zona Sul não consegui e vim aqui de novo. O médico ta preocupado comigo porque pode dá uma hemorragia em mim", afirma Marilza.
A demora no atendimento é também motivo de reclamação dos médicos. A coordenadora clínica da UPA diz que o acompanhamento médico deveria ser feito em postos de saúde. "UPA é de urgência e emergência e é necessário que o povo entenda isso", diz Danielle.
De acordo com o secretário municipal de saúde, Macário Barros, foi solicitado à Polícia Militar reforço na segurança, mas o comando da PM alegou que não há efetivo suficiente para ficar de prontidão nas unidades. Macário disse ainda que está em andamento na Procuradoria Geral do Município (PGM), a abertura de contratação de uma empresa particular para segurança interna nas unidades de pronto atendimento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário