sábado, 29 de junho de 2013

Médicos da UPA da Zona Leste protestam por melhorias, em RO


Equipe médica reclama da falta de segurança e de profissionais.
São seis médicos para atender em média 900 pacientes por dia.

Do G1 RO com informações da TV RO

Cartazes foram fixadas na entrada da unidade de saúde na Zona Leste de Porto Velho (Foto: Reprodução/TV RO)Cartazes foram fixadas na entrada da unidade de saúde na Zona Leste de Porto Velho (Foto: Reprodução/TV RO)
Médicos da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Zona Leste de Porto Velho protestaram na sexta-feira (28) por melhorias na unidade de saúde, mais segurança e mais profissionais. Além disso, pacientes reclamam da demora no atendimento.
Para a equipe médica, o número de profissionais é insuficiente. São seis médicos para atender em média 900 pacientes por dia. Há menos de 10 dez dias, o Sindicato dos Médicos de Rondônia (Simero) denunciou a falta de profissionais da saúde nas UPAs de Porto Velho. Segundo o órgão, os profissionais estão trabalhando além do limite. Em cada plantão, deveria haver seis médicos. A Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) alegou que novos profissionais devem ser contratados.
De acordo com funcionários, são registrados diariamente dois casos de agressão. Não há segurança no local. "A gota d'água foi a agressão física. Foi desferida um soco em um médico que levou um corte no lábio inferior levando cinco pontos", diz Danielle Mattos, coordendora clínica, que conta ainda que houve tentativa de homicídio a pacientes dentro da sala de sutura. "Um senhor tentou matar outro dentro da sala de sutura e não tínhamos segurança", reclama Danielle.
Outra preocupação dos médicos são os roubos e falsificações, principalmente de atestados médicos. Os profissionais relatam que constantemente aparecem pessoas que invadem o consultório e roubam blocos de atestados, encaminhamentos médicos e solicitações de exames complexos. "Eles simplesmente falsificam a assinatura do médico, mandam fazer o carimbo e ai vem o problema. Ele [médico] vai responder juridicamente por causa de uma assinatura falsa", explica a médica Monique Ribeiro.
Os pacientes também reclamam do atendimento. Marilza Francisco Coelho diz que fez um exame da unidade de saúde e o médico suspeitou de dengue hemorrágica. "Estou com muita dor de cabeça, no abdômen e tontura. Já fui na UPA da Zona Sul não consegui e vim aqui de novo. O médico ta preocupado comigo porque pode dá uma hemorragia em mim", afirma Marilza.
A demora no atendimento é também motivo de reclamação dos médicos. A coordenadora clínica da UPA diz que o acompanhamento médico deveria ser feito em postos de saúde. "UPA é de urgência e emergência e é necessário que o povo entenda isso", diz Danielle.
De acordo com o secretário municipal de saúde, Macário Barros, foi solicitado à Polícia Militar reforço na segurança, mas o comando da PM alegou que não há efetivo suficiente para ficar de prontidão nas unidades. Macário disse ainda que está em andamento na Procuradoria Geral do Município (PGM), a abertura de contratação de uma empresa particular para segurança interna nas unidades de pronto atendimento.

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