MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 22 de junho de 2013

Atos de vandalismo voltam a ocorrer e grupo protesta na casa de Cabral


Foram detidas 22 pessoas após saque e depredação a loja na Barra.
Batalhão de Choque cercou rua onde governador mora, no Leblon.

Do G1 Rio
Um dia após o protesto que levou 300 mil pessoas às ruas, novas manifestações aconteceram no Rio de Janeiro e em outros municípios do estado durante toda sexta-feira (21).  Atos de vandalismo e saques a lojas voltaram a ocorrer, levando pânico ao Rio e a Baixada Fluminense.
Na Barra da Tijuca, área nobre da cidade, uma concessionária de automóveis foi alvo de um grupo, que destruiu e roubou aparelhos eletrônicos do estabelecimento. À noite, um grupo de manifestantes fez plantão na esquina da casa do governador Sérgio Cabral, no Leblon. Rodovias de grande fluxo de veículos, como a Via Dutra, Rio-Santos e RJ-116 chegaram a ser interditadas durante os protestos.

Por volta das 15h, manifestantes começaram a chegar ao Terminal Alvorada, na Barra da Tijuca. Os shoppings e as lojas do bairro fecharam as portas e liberaram os funcionários com medo de quebra-quebra. O ato, marcado pelas redes sociais, foi pacífico. Com faixas e cartazes, o público, formado por pessoas das mais diferentes faixas etárias, seguiu da Avenida Ayrton Senna até a Avenida Ministro Ivan Lins.
Na Ayrton Senna, um grupo que não estava na manifestação, protagonizou novas cenas de terror. Com os rostos cobertos por camisetas, vândalos obrigaram motoristas a dar marcha à ré e invadiram uma concessionária de automóveis. Carros foram apedrejados e a loja foi saqueada.
Foram registrados confrontos entre PMs e o grupo. Os 22 detidos foram encaminhados à 32ª DP (Taquara) — 12 deles eram menores.
Zona Sul
Protesto chega à casa do governador do Rio, Sérgio Cabral (Foto: Priscilla Souza/G1)Protesto chega à casa do governador do Rio
Sérgio Cabral (Foto: Priscilla Souza/G1)
Em Ipanema, na Zona Sul, alguns comerciantes fecharam as lojas com receio de prejuízos. No fim da tarde, um grupo entre 200 e 500 manifestantes seguiu da Praça General Osório, pela Praia de Ipanema, em direção à casa do governador Sérgio Cabral, no Leblon.
O Batalhão de Choque fez cordões de isolamentos com agentes e grades nas duas entradas da rua. A manifestação transcorreu em clima de tranqüilidade, apenas ocorrem alguns princípios de tumulto, que foram contidos sem a necessidade de uso de armas não-letais. A assessoria de comunicação do Governo do estado informou que Cabral não estava em casa durante o protesto.
Baixada Fluminense
Em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, os vidros da prefeitura foram destruídos durante um tumulto. Duas pessoas foram presas em flagrante pela Polícia Militar. De acordo com a corporação, elas quebraram as janelas do carro da PM. Cinco mil pessoas participaram da manifestação, que começou em clima de paz. Uma minoria também promoveu baderna e arruaça em Duque de Caxias, Nova Iguaçu e Magé.
O congestionamento chegou a 25 km na RJ-116, que foi fechada por manifestantes, na altura de Cachoeira Macacu, na Região Serrana. Também houve engarrafamento em outras vias importantes, como a Via Dutra e a Rio-Santos.
 Autoridades
No dia seguinte ao ato histórico ocorrido na quinta-feira (21), o governador Sérgio Cabral, o secretário de Segurança José Mariano Beltrame e o prefeito Eduardo Paes falaram sobre as manifestações em série.
Beltrame destacou que os excessos cometidos pela PM serão analisados. “A situação é muito complexa, mas é óbvio que a polícia vai analisar cada imagem para determinar isso”, disse. O secretário admitiu, no entanto, que algumas situações fugiram do controle da polícia. “Acho que estamos dando respostas nos dois segmentos, mas ontem [quinta] tivemos situações que não conseguimos controlar, se tivéssemos conseguido o Rio de Janeiro não teria amanhecido como amanheceu”, afirmou.
Questionado se o problema é municipal ou federal e se isso reflete uma desaprovação do governo, Sérgio Cabral disse que “são manifestações com temas importantes a serem debatidos, são democráticas". Para Cabral, "o debate deve ser absolutamente aberto, mas dentro do limite da tolerância e do respeito".
  Em coletiva a imprensa, Paes disse que ue não tem dúvidas de que a maior parte das pessoas que participou dos protestos tinha boas intenções e que os atos de depredação foram feitos por um pequeno grupo. “Uma minoria acabou marcando de maneira negativa o movimento democrático”, afirmou o prefeito.

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