MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Vendedor de milho trabalha na praia de Canasvieiras há mais de 30 anos


Bigu, como é conhecido, foi o primeiro a comercializar no local.
Quando adolescente, percorria sete km de biclicleta até a praia.

Géssica Valentini Do G1 SC

Vendedor de milho trabalha há mais de 30 anos na praia de Canasvieiras (Foto: Géssica Valentini/G1)Vendedor de milho trabalha há mais de 30 anos na praia de Canasvieiras (Foto: Géssica Valentini/G1)
Aos 56 anos, Bigu, como é conhecido, franze a testa para lembrar há quantos anos vende milho na praia de Canasvieiras, no Norte da Ilha de Santa Catarina. Segundo ele, ele diz que começou aos 13 anos, percorrendo sete quilômetros de bicicleta, de casa, que fica na localidade de Vargem Pequena, até a praia. Porém, há controvérsias. A esposa acha que pode ter sido antes.
Segundo ele, foi o primeiro a vender alimentos na praia e, por isso, acompanhou as idas e vindas de turistas, sobretudo da Argentina. "No início, não tinha nenhum 'gringo'. Depois, eles foram chegando, ano a ano. Em alguns anos teve mais que brasileiros. Agora diminuiu, acho que a situação está difícil por lá", conta ele, que já chegou a vender 1000 espigas por dia, mas hoje comercializa cerca de 40 em dias normais e no máximo 200 em dias mais movimentados.
Bigu, como é conhecido, começou vendendo milho e atualmente possui um quiosque na praia (Foto: Géssica Valentini/G1)Bigu, como é conhecido, começou vendendo milho e
atualmente possui um quiosque na praia
(Foto: Géssica Valentini/G1)
Em compensação, o carrinho se transformou em barraca, levada pelo vento algumas vezes, e atualmente é um quiosque. Só o lugar continua o mesmo. "Em um dia bom chegamos a vender 200 espigas. Mas conseguimos licença da Prefeitura para instalar o quioque e tudo está melhor", afirma ele. "Antes ele vinha de biblicleta, cozinhava na praia, sobre predras, depois voltava para casa para buscar mais milho", diz a esposa, complementando as palavras que faltam ao marido. São casados há 25 anos e, desde então, ela auxilia no negócio da família, que inclui os três filhos e o sobrinho, que auxilia. 
Em cada temporada, que inicia no dia 15 de dezembro, o lucro é cerca de R$ 10 mil. No restante do ano a família trabalha no campo. Ainda assim, segundo Bigu, um complemento à renda não é a única vantagem de trabalhar na praia há mais de 30 anos.  "Aqui fiz muitos amigos. Posso conversar com as pessoas, todos me conhecem. Isso é gratificante", disse, ainda tímido, mas orgulhoso do próprio ofício.

Nenhum comentário:

Postar um comentário