Seca continua atingindo grande parte do Nordeste.
Criadores fazem sacrifício para manter a produção dos animais.
Como o período chuvoso na região em 2012 foi curto e irregular, as terras não conseguiram produzir pastagem suficiente para garantir o alimento do rebanho durante a seca. Ficou mais difícil e mais caro manter os animais porque até a palma forrageira subiu de preço. Sem água e com pouca comida para dar aos animais, a produção de leite despencou.
Segundo o sindicato que representa o setor, na região da bacia leiteira, formada por 20 municípios sertanejos, a produção de leite, que em condições normais atinge 650 mil litros dia, caiu mais de 30%. O carro de boi chega de longe transportando água, algo que o gado mais precisa neste momento.
A água vai para a propriedade do produtor de leite José Eliomar, no povoado Bacurau, em Jaramataia. O criador, que está com dificuldades para alimentar o rebanho de quase 60 cabeças, mistura a palma com o bagaço de cana para dar aos animais.
No sítio Lagoa do Esporão, as vacas de José Damião produziam 160 litros por dia. A produção atualmente não ultrapassa os 80 litros.
A Associação de Produtores de Leite de Jaramataia contabiliza as perdas. Por causa da escassez de comida e de água, a produção caiu de 40 mil litros para 12 mil litros dia. Como consequência, o preço do litro subiu de R$ 0,80 para R$ 1,05, valor que, segundo os produtores, ainda não cobre os custos.
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