MEDIÇÃO DE TERRA

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sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Pescadores falam sobre lendas da 'Ilha da Magia'


Para Timotinho, histórias são da época em que não havia eletricidade.
Já Luiz conta fábula de mulher que sumiu após pescador levá-la para casa.

Géssica Valentini Do G1 SC

Pescador Tomotinho nasceu e ainda mora em Sambaqui, em Florianópolis (Foto: Géssica Valentini/G1)Pescador Tomotinho nasceu e ainda mora em Sambaqui, em Florianópolis (Foto: Géssica Valentini/G1)

Seu Timotinho, como é conhecido o pescador de Sambaqui, em Florianópolis, nasceu a 200 metros de onde mora. Nunca saiu dali, nem pensa nisso e diz que já ouviu muitas histórias sobre as lendas que deram origem à denominação 'Ilha da Magia' à Ilha de Santa Catarina. Algumas histórias ouviu de amigos, outras do pai e do avô, que também foram pescadores. Jura que nunca viu nada e desmente pelo menos duas lendas com um sorriso largo:
"A lenda do fantasma foi inventada por homens comprometidos que queriam casar e continuar namorando outras. Na época não existia eletricidade e todo mundo se conhecia. Então, era difícil ir em uma casa e não ser visto quando chegava ou saia. O jeito era colocar lençóis na cabeça e, se aparecia alguém, assustar. Era tudo escuro, então ninguém identificava nada e fugia", conta ele.
Já as bruxas têm outra origem. "Os cavalos apareciam com tranças nos rabos. Diziam que eram bruxas que faziam, mas era para que as pessoas ficassem com medo. Alguém fazia", diz, e complementa: "O lobisomem a mesma coisa. Depois que a luz chegou, acabou tudo. Tem mais pessoas, então deveria existir mais, né?", conclui.
Luiz mora na Praia do Forte, onde é dono de um restaurante (Foto: Géssica Valentini/G1)Luiz mora na Praia do Forte, onde é dono de um
restaurante (Foto: Géssica Valentini/G1)
Já o pescador Luiz Salustiano Machado, de 62 anos, que nasceu e ainda mora na Praia do Forte, onde é dono de um restaurante, conta outras histórias:
"Diz a lenda que um homem vai pescar com tarafa e vê uma senhora despida. Depois, a leva para casa. A esposa arruma a cama e coloca a senhora. Depois, ela some. Até hoje estão procurando a senhora. Dizem que era uma feiticeira", afirma. Outra história que ele conta aconteceu ali mesmo, em 1930, segundo Luiz. "Na Ponta do Morro Pequeno morava um monge e um dia um ele pediu a um senhor que o levasse à Ilha do Arvoredo. O senhor perguntou como voltaria, se logo começaria uma tespestade. Diz a lenda que ele foi e voltou, mas nunca se soube o que aconteceu com o monge. Só a toca dele ainda está lá", complementa, sem desmentir, mas tampouco acreditar. "A única coisa que vi até hoje foi Deus, bonito e faceiro", conclui. 

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