MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 2 de dezembro de 2012

Frigoríficos brasileiros terão que se adaptar após fim do embargo russo


Governo brasileiro decidiu ajustar a produção às exigências dos russos.
Criadores terão mudar sistema de produção para atender os novos pedidos.

Do Globo Rural

O Ministério da Agricultura anunciou, na quarta-feira (28), o fim do embargo russo às exportações de carne brasileira. Com a decisão, os frigoríficos e criadores do país terão que fazer uma série de mudanças no sistema de produção para atender os novos pedidos.
Há um ano e cinco meses, a Rússia suspendeu a compra de frigoríficos de três estados brasileiros: Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul. O motivo do embargo são divergências entre as regras sanitárias.
A Rússia quer mais controle, por exemplo, da tuberculose bovina, e não aceita carne suína com um hormônio de crescimento chamado ractopamina, que é autorizado no Brasil. Além disso, os russos querem que o tempo de sangria de suínos, bovinos e aves seja de oito minutos e não de três.
“Sob o ponto de vista de resultado da sangria com três ou oito, o resultado é o mesmo. Agora nós resolvemos mudar e vamos cumprir as regras dos russos do jeito que eles querem”, afirmou Ênio Marques, secretário de Defesa Agropecuária.
Pedro Camargo, presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne Suína (Abipecs), comentou o fim do embargo: “A notícia é boa, mas pode ser ótima se implicar no retorno das exportações dos frigoríficos habilitados anteriormente. Isso o Ministério ainda não informou”.
Na prática, as exportações não vão ser retomadas agora. Cada empresa terá que fazer um plano de ação se comprometendo a se adaptar às regras dos russos. "Eles querem a demonstração concreta através de um laudo, emitido pelo governo. Então, quem vai dar o certificado, o laudo, vai ser o governo. Agora, quem vai custear as despesas dos exames são os privados. Não tem cabimento o contribuinte pagar por isso”, explica Ênio.
A primeira reunião técnica entre os governos do Brasil e da Rússia para fazer os ajustes está marcada para janeiro de 2013.

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