MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Alunos e professores de escolas públicas fazem protesto em Belém


Manifestação seria pelo fim do regime de convênio de 16 escolas estaduais.
Trânsito em algumas das principais vias da capital está congestionado.

Do G1 PA

Alunos de ensino médio e professores das escolas estaduais Pedro Amazonas Pedroso, Paes de Carvalho e Ulisses Guimarães fazem na manhã desta terça-feira (18). um protesto contra uma decisão da Secretaria Estadual de Educação (Seduc). Eles alegam que a determinação dá fim ao regime convênio de dezesseis escolas da rede estadual de ensino. Entre as instituições de ensino, treze estão localizadas em Belém.
Estudantes Professores Belém Protesto CIG Escolas Públicas (Foto: G1 PA)Mais de 100 pessoas, entre estudantes e professores participam do protesto (Foto: G1 PA)
De acordo com os professores, a decisão ainda não foi anunciada oficialmente, mas o órgão teria enviado um comunicado aos docentes, que podem perder em 2013 os 10% de gratificação que recebem atualmente pela carga horária maior.
Segundo Silvia Letícia Luz, do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp), é necessário que haja uma negociação com o governo quanto a gratificação dos professores e a suspensão da portaria de convênio, caso contrário, toda a via será fechada em protesto e não apenas um aparte dela.
“O convênio não pode ser retirado das escolas públicas, pois é ele que prepara os alunos em período de vestibular. Muitos não têm condições de pagar cursinhos específicos ou uma escola particular. Retirar o convênio é retirar a chance que os alunos têm de uma aprovação nos processos seletivos das universidades e não dar a gratificação dos profissionais é uma injustiça”, explica.

Com a manifestação, alguns dos principais corredores de fluxo de veículos da capital paraense, como as avenidas Almirante Barroso, Nazaré e José Malcher, estão congestionados. Motoristas devem evitar transitar por estas vias. A Polícia Militar (PM) e a Ronda Ostensiva Tática Metropolitana (Rotam) do município estão presentes no local para acompanhar a situação do protesto.
Silvia Luz alerta ainda que, se a entrada dos estudantes no Centro Integrado de Governo (CIG) não for permitida, haverá danos maiores. “Se esses estudantes estão fora de sala de aula, a culpa não é deles e sim do governo. Pois, eles querem apenas o que lhes é de direito. A não negociação é abertura do calendário de mobilização e greve nas escolas públicas”, aponta.

De acordo com o estudante David Moreira, outras reivindicações também são feitas. “Queremos que seja estabelecida as eleições diretas para a direção das escolas, que sejam os alunos e os professores a votar e não que este cargo seja ocupado pela indicação do secretário de educação. Pedimos também a reforma efetiva em todas as escolas públicas”, revela.
Ainda de acordo com o aluno de escola estadual, a passeata de estudantes começou deste 8h da manhã pelas ruas de Belém. As avenidas Almirante Barroso e Tavares Bastos foram fechadas também pelos alunos. “Caso não sejamos atendidos, outra manifestação será feita amanhã rumo à Secretaria de Educação (Seduc). Se for necessário um ônibus para levar todos os alunos, o (Sintep) vai disponibilizar pra gente”, diz.
A Seduc esclarece que o que está sendo extinto é o pagamento da “gratificação convênio” recebida por alguns professores do terceiro ano do ensino médio de 23 escolas da rede. Ainda de acordo o comunicado oficial do órgão, não haveria impedimento dessas escolas continuarem a ofertar turmas de terceiro ano do ensino médio, nas quais é desenvolvida uma matriz curricular diferenciada para preparar o alunado para prestar exame vestibular ou ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

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