Manifestação seria pelo fim do regime de convênio de 16 escolas estaduais.
Trânsito em algumas das principais vias da capital está congestionado.
Mais de 100 pessoas, entre estudantes e professores participam do protesto (Foto: G1 PA)
De acordo com os professores, a decisão ainda não foi anunciada
oficialmente, mas o órgão teria enviado um comunicado aos docentes, que
podem perder em 2013 os 10% de gratificação que recebem atualmente pela
carga horária maior.Segundo Silvia Letícia Luz, do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp), é necessário que haja uma negociação com o governo quanto a gratificação dos professores e a suspensão da portaria de convênio, caso contrário, toda a via será fechada em protesto e não apenas um aparte dela.
“O convênio não pode ser retirado das escolas públicas, pois é ele que prepara os alunos em período de vestibular. Muitos não têm condições de pagar cursinhos específicos ou uma escola particular. Retirar o convênio é retirar a chance que os alunos têm de uma aprovação nos processos seletivos das universidades e não dar a gratificação dos profissionais é uma injustiça”, explica.
Com a manifestação, alguns dos principais corredores de fluxo de veículos da capital paraense, como as avenidas Almirante Barroso, Nazaré e José Malcher, estão congestionados. Motoristas devem evitar transitar por estas vias. A Polícia Militar (PM) e a Ronda Ostensiva Tática Metropolitana (Rotam) do município estão presentes no local para acompanhar a situação do protesto.
Silvia Luz alerta ainda que, se a entrada dos estudantes no Centro Integrado de Governo (CIG) não for permitida, haverá danos maiores. “Se esses estudantes estão fora de sala de aula, a culpa não é deles e sim do governo. Pois, eles querem apenas o que lhes é de direito. A não negociação é abertura do calendário de mobilização e greve nas escolas públicas”, aponta.
De acordo com o estudante David Moreira, outras reivindicações também são feitas. “Queremos que seja estabelecida as eleições diretas para a direção das escolas, que sejam os alunos e os professores a votar e não que este cargo seja ocupado pela indicação do secretário de educação. Pedimos também a reforma efetiva em todas as escolas públicas”, revela.
Ainda de acordo com o aluno de escola estadual, a passeata de estudantes começou deste 8h da manhã pelas ruas de Belém. As avenidas Almirante Barroso e Tavares Bastos foram fechadas também pelos alunos. “Caso não sejamos atendidos, outra manifestação será feita amanhã rumo à Secretaria de Educação (Seduc). Se for necessário um ônibus para levar todos os alunos, o (Sintep) vai disponibilizar pra gente”, diz.
A Seduc esclarece que o que está sendo extinto é o pagamento da “gratificação convênio” recebida por alguns professores do terceiro ano do ensino médio de 23 escolas da rede. Ainda de acordo o comunicado oficial do órgão, não haveria impedimento dessas escolas continuarem a ofertar turmas de terceiro ano do ensino médio, nas quais é desenvolvida uma matriz curricular diferenciada para preparar o alunado para prestar exame vestibular ou ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
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