Pelo menos 222 itens básicos para realizar cirurgias estão faltando.
Em visita à unidade, promotor de justiça constatou falta de medicamentos.
O almoxarifado que armazena todo o material utilizado pelo hospital é instalado dentro da unidade. Ele é considerado pelas equipes que trabalham no local como um lugar insalubre para se trabalhar. Algumas prateleiras dos insumos estão vazias. Segundo o promotor, o problema representa o início de um caos na saúde do estado.
"Aqui há falta de medicamento. Também nós vemos a falta de diversos itens fundamentais da manuntenção da vida, fazendo com que os servidores desse hospital se vejam obrigados a pedir medicamentos emprestados a prefeituras, a outros hospitais. Enfim, é um caos completo, inaceitável", relata o promotor.
De acordo com funcionários, até mesmo fraldas infantis estão em falta. Na farmácia, a situação é a mesma. Faltam pelo menos 49 tipos diferentes de medicamentos, como: cefalexina, manitol, prometazina e a ocitoxina, que tem um consumo mensal de quatro mil unidades, entretanto, o hospital só possui 20 unidades que foram emprestadas da maternidade municipal.
Maria das Graças aguarda há 25 dias a cirurgia de um amigo que caiu de moto e mesmo com fratura exposta no joelho, ainda não foi operado por falta de materiais básicos. Para acelerar o procedimento, o paciente recorreu ao MP. "Fui lá no Ministério Público para ver se faz alguma coisa, enquanto isso ele está lá dentro, está jogado", afirma Maria das Graças.
"Tem muita gente na frente dele, mais de 800 pessoas na frente dele, que também esperam por uma vaga. E se for esperar tanto, a gente pensa em desistir né, porque vai ficar nessa expectativa sem ter resultado", diz Mônica.
De acordo com a direção do Hospital de Base, a responsabilidade para o fornecimento de medicamentos é da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), mas nenhum representante do órgão foi encontrado para falar sobre o assunto.
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