Com a autoridade moral de ter sido o pioneiro a propor o desmanche do Brasil,por ser um país que “não dera certo”,no livro “Independência do Sul”,editado em 1986, pela Martins Livreiro,de Porto Alegre,e que das frações desmembradas desse pais-mãe deveriam surgir novos países, ,conforme as conveniências,interesses e acordos regionais,e na suposição do engodo sobre o Brasil ser constituído por uma só nação,ou seja,ser um Estado-Nação,o que não é verdade,já que o país é um estado PLURANACIONAL,abrigando diversas nações,essa proposição foi reforçada em 30 de maio de 1990,com a fundação do Partido da República Farroupilha-PRF,no “Plenarinho” da Assembleia Legislativa do RS,que não obstante teve o seu registro negado,não só como partido político,mas antes disso mesmo como pessoa jurídica.
Mas o julgamento sobre se o Brasil deu certo,ou não,pode ser feito a partir das escolhas “lixos”dos Presidentes da Republica,e para que não se alongue muito no tempo comece-se com Jânio Quadros/João Goulart,José Sarney (eleição indireta),Itamar Franco,Fernando Henrique Cardoso (2 mandatos),Lula da Silva ( 2 mandatos),Dilma Rousseff (1,5 mandatos),José Temer (1/2mandato),Jair Bolsonaro,e novamente Lula da Silva. Se desse meio tiver tiver algum que “preste”,será muito !
Por essa mesma época surgiu a partir de Laguna/SC, o MOVIMENTO O SUL È O MEU PAÍS,que passou a carregar a bandeira do separatismo sulista,propondo que essa medida também fosse avaliada e/ou adotada por outras regiões que quisessem e pudessem fazer o mesmo.
A partir daí vários movimentos separatistas surgiram nas diversas regiões do Brasil,pricipalmente na Região Nordeste e Sudeste (São Paulo),os quais se reuniram no Sul e publicaram um “manifesto”.
Na firme intenção de fazer um plebiscito na Região Sul para ouvir o povo sobre essa questão,o “Movimento” foi proibido de fazê-lo e mesmo de usar a expressão “plebiscito”,que não é privativa do “dicionário” da Justiça Eleitoral,e sim da língua portuguesa.
Mas para que se evitasse problemas com a “poderosa” Justiça Eleitoral,o “Movimento” e o Grupo de Estudos Sul Livre-GESUL (do qual eu era membro) optou por fazer o PLEBISUL,realizado em duas ocasiões,em 2016 e 2017,onde o SIM para a “independência do sul”,em ambas as ocasiões,venceu pela esmagadora vantagem de mais de 95%.
Mas deve ficar muito claro que jamais a região “emancipanda” do Sul (do Brasil) foi questão fechada quanto à sua área de abrangência,podendo ela “diminuir”,ou “aumentar”,conforme as conveniências,vontades e oportunidades em jogo. Muito se discutiu a conveniência da inclusão de São Paulo e Mato Grosso do Sul no grupo “emancipacionista”. Mas na ocasião São Paulo optou em agir por si próprio. Nesse sentido quase ninguém lembra,ou sabe,que São Paulo integrava a Região Sul do Brasil,até que uma “canetada” do Regime Militar,dizem que para agradar os cariocas, passou a integrar a Região Sudeste,então criada. Mas creio que o coração de São Paulo permaneceu intacto no Sul.
Em completa dissintonia com o Governo Federal que acaba de se instalar,com Lula na Presidência,o Governador de São Paulo,Tarcisio de Freitas,resolveu fazer uma independência “meia-sola” de São Paulo ,em relação à Brasilia.
Mas o Governador Tarciso deve ter em mente que ele é governador de um estado-membro da (pseudo)federação brasileira, onde a União detêm cerca de 80% dos poderes políticos e dos recursos financeiros. Por isso os “primos pobres” da federação,estados e municípios,pouca força terão para enfrentar o “leão” da União e suas vontades de fazer isso ou aquilo. A não ser que se”emancipem”. Que se “independenciem” do Brasil.
São Paulo precisaria adquirir “soberania” ,”autodeterminação”para enfrentar os desastres políticos que se avizinham a partir do Governo Federal. E essa “soberania”,para enfrentamento do poder de Brasilia,poderia ser reforçada com as áreas circunvizinhas em direção ao Sul que rejeitaram Lula nas urnas.Trocando em miúdos: que tal uma reunião entre representações de São Paulo,Mato Grosso do Sul,Paraná,Santa Catarina e Rio Grande do Sul,onde se declararia a independência conjunta dessa região? E que certamente ficaria “de cara” entre os países mais ricos do mundo? E que,em sinal de respeito às regiões que optaram por Lula para Presidente,em nome da democracia,esse governo passa a ser reconhecido,sem restrições.
Essa idiotice de alegar “cláusula pétrea” que impediria o intento separatista do Novo Sul não pode se sobrepor ao Relógio da História quando chegar a “hora” da libertação.
Sérgio Alves de Oliveira
Advogado e Sociólogo
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