MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 23 de julho de 2024

Decisão da Aneel sobre postes contribui para ‘ocupação irregular dessa infraestrutura’, diz Feninfra


Após meses de análises, agência do setor elétrico decide extinguir processo para busca de solução conjunta com Anatel

A posição da diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que decidiu, nesta terça-feira, 23, extinguir o processo de regulamentação de compartilhamento de postes entre os setores de energia e telecom, gera insegurança jurídica e riscos para trabalhadores e população.
 

A avalição é da presidente da Federação Nacional de Call Center, Instalação e Manutenção de Infraestrutura de Redes de Telecomunicações e de Informática (Feninfra), Vivien Mello Suruagy.
 

“A Feninfra vê com preocupação a decisão da diretoria da Aneel sobre a regulamentação conjunta de postes. Entendemos que o atraso na regulamentação apenas contribui para o agravamento da situação da ocupação irregular dessa infraestrutura, colocando trabalhadores do setor de serviço, e a própria população, em risco”, afirma Suruagy.
 

A decisão da Aneel, proposta pelo diretor-geral da agência, Sandoval Feitosa, e aprovada pela diretoria do órgão, foi uma resposta à edição do Decreto nº 12.068, de 2024, que previa a cessão obrigatória de espaços em postes pelas distribuidoras de energia a empresas terceiras. A Aneel era contra essa medida.
 

Desde 2023 a agência do setor elétrico vinha discutindo uma solução conjunta com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para a questão. Para Feitosa, porém, a publicação do decreto modificaria o “contexto decisório”, abrindo caminho para a extinção do processo, “sem decisão de mérito”.
 

“O modelo regulatório que estava sendo construído em conjunto com a Anatel certamente ainda receberia aprimoramentos e debates que seriam endereçados nos estudos de modelagem econômico-financeira previstos”, pondera Suruagy. “Mas retroceder a análise da regulamentação conjunta às etapas iniciais, arquivando um processo com anos de estudos e debate, não é uma boa solução.”
 

Para a dirigente, a falta de entendimento entre a Aneel e a Anatel também tem impactos sociais significativos, na medida em que favorece a atuação de empresas irregulares, que precarizam as relações de trabalho, colocam em risco colaboradores e prestam um mau serviço à população.
 

“É imperioso que as agências encontrem um entendimento que atenda ao que foi previsto nas políticas públicas estabelecidas em Decreto e em portarias ministeriais, assegurando à população uma ocupação ordenada dos postes, com respeito aos contratos, com uma modelagem econômica que não onere o setor de telecomunicações além do que já é onerado, que traga segurança jurídica e, sobretudo, que garanta segurança física das redes, coibindo a atuação de empresas piratas e irregulares na instalação de infraestrutura".



Informações para a Imprensa

Ricardo Viveiros & Associados (RV&A)


Gustavo Bechara
gustavo.bechara@viveiros.com.br 
11 99756-9385






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