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sexta-feira, 26 de julho de 2024

Apoio de lideranças políticas e vice na chapa têm impacto sobre intenção de votos para prefeito de São Paulo

 

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São Paulo, 25 de julho de 2024.


Apoio de lideranças políticas e vice na chapa

têm impacto sobre intenção de votos

para prefeito de São Paulo

Questão pode ser decisiva no segundo turno, aponta pesquisa eleitoral FESPSP, que também avaliou qualidades que o futuro prefeito deve ter para ser considerado bom líder e governante pelos eleitores 


Na espontênea para o primeiro turno, Guilherme Boulos aparece na liderança com 18% das intenções de votos, seguido por Ricardo Nunes (15%), Pablo Marçal (6%) Datena (3%), Tabata Amaral (3%), Kim Kataguiri (1%) e Marina Helena (1%)

A FESPSP (Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo) acaba de finalizar a primeira de uma série de pesquisas eleitorais para a Prefeitura de São Paulo que serão realizadas pela Escola de Sociologia e Política até o final das eleições deste ano. A coleta de dados aconteceu entre 16 e 19 de julho em uma amostra de 1.500 entrevistados segmentados em cotas representativas de sexo, idade e escolaridade, ocupação e renda. A margem de erro da pesquisa é de 2,5 pontos percentuais e seu registro no TSE é o de número SP-04746/2024.


Além dos tradicionais dados sobre a intensão de votos nos pré-candidatos, a pesquisa FESPSP inova ao aferir também os potenciais impactos eleitorais dos pré-candidatos a vice-prefeitos escolhidos para as chapas e do apoio do presidente Lula, do ex-presidente Jair Bolsonaro e do governador de São Paulo Tarcísio de Freitas aos candidatos.


Outra inovação do estudo foi levantar junto aos eleitores qualidades que o futuro prefeito deve ter para ser considerado bom líder e governante. “Há aqui um certo equilíbrio entre atributos técnicos e empatia pelas questões sociais que afligem a população”, diz Tathiana Chicarino, pesquisadora do Centro de Pesquisas FESPSP, área criada neste ano no âmbito da Escola de Sociologia e Política para realizar pesquisas sociais, de mercado e de opinião pública. 


Em um cenário com respostas espontâneas, a pesquisa aponta Guilherme Boulos na primeira colocação com 18% das intenções de votos, seguido por Ricardo Nunes (15%), Pablo Marçal (6%) Datena (3%), Tabata Amaral (3%), Kim Kataguiri (1%) e Marina Helena (1%).  



Sob estímulo da declaração de potenciais candidatos, a intenção de votos dos eleitores sobre para 26% a favor de Boulos, seguido de Nunes (22%), Datena (12%), Pablo Marçal (11%), Tabata Amaral (5%), Kim Kataguiri (3%) e Maria Helena (2%). Na amostra pesquisada, 42% dos eleitores disseram que podem mudar seu voto ainda no 1º turno das eleições municipais. Quando olhamos para o 2º turno, no entanto, Ricardo Nunes assume a dianteira com 43% das intenções, enquanto Boulos fica com 36%. 

Contudo, explica Tathiana, há oscilação entre os mais pobres nos extremos das regiões sul e leste da cidade. Em simulações de segundo turno com Ricardo Nunes e Guilherme Boulos, o atual prefeito aparece 7% à frente de seu concorrente, algo bastante próximo de outras pesquisas. 

A situação se inverte, contudo, em um cenário mais realista no qual Boulos é apresentado aos eleitores como tendo o apoio do presidente Lula e Marta Suplicy como vice-prefeita, e Ricardo Nunes apoiado pelo ex-presidente Bolsonaro e pelo governador paulista Tarcísio de Freitas, e ao seu lado como pré-candidato a vice-prefeito o coronel Mello de Araújo. Nessa análise, Boulos aparece 8% à frente de Nunes. Quando a isso se soma a indicação dos vices, a diferença sobe para 10% a favor do candidato do Psol. 



Esse fenômeno da inversão pode ser observado, por exemplo, entre os eleitores com renda familiar de até dois salários mínimos. Nesse grupo, Nunes vence de 43% contra 30% de Boulos em um cenário em que eles não são apresentados com os seus respectivos vices. Quando os vices são incluídos na pergunta, Boulos aparece com 50% das intenções de voto e Nunes com 34%. Uma mudança de quase 30%.


Entre as possíveis explicações para esse comportamento dos eleitores de até 2 salários mínimos de renda está o fato de que muitos deles ainda desconhecem o apoio do presidente Lula à Boulos.

A reversão de quadro pode ser observada também quando se olha as regiões da cidade. No extremo sul, Nunes vence Boulos por 52% a 30% respectivamente no cenário sem vices. Já na menção dos vice-prefeitos há novamente uma reviravolta de mais de 20%, tendo Boulos à frente com 42% e Nunes com 41%. 

Entre as explicações possíveis para esse achado da pesquisa da FESPSP, há o recall positivo de Marta Suplicy no extremo sul da cidade. Quando Doria venceu no primeiro turno em 2016, os únicos distritos em que ele perdeu estavam nessa região, diz Tathiana. “E isso aconteceu não contra Fernando Haddad, segundo colocado naquela eleição, mas justamente contra Marta, terceira colocada no cômputo geral e primeira nessa localidade de São Paulo.


Embora no extremo leste da cidade a diferença a favor de Nunes não seja tão grande, ela também sofre uma virada considerável com os apoios: Nunes vence Boulos por 40% a 33% no primeiro cenário e perde para Boulos por 49% a 35% quando os candidatos são apresentados ao lado de seu vice-prefeitos.

Sobre as características do futuro Prefeito, 75% dos entrevistados concordam com a frase de que um bom Prefeito deve ser amado pela população da cidade. É importante haver também equilíbrio entre capacidade técnica e empatia pelos problemas da população, já que 51% dos entrevistados concordam com a afirmação de que um bom Prefeito deve ser tecnicamente capaz de cuidar dos problemas da cidade, e outros 46%, que ele ter sensibilidade para os problemas sociais de São Paulo.


Os dados mostram tendência do eleitorado para admirar qualidades éticas e de habilidades de diálogo político: 72% concordam que um bom Prefeito deve buscar a conciliação com seus adversários políticos, e 73%, que ele deve ser pautar antes de tudo na ética quando for realizar projetos para a cidade. 


Confira neste link o relatório completo da pesquisa



Para solicitação de entrevistas com a pesquisadora da FESPSP, faça seu pedido pelo email imprensa@fespsp.org.br, pelo whatsapp 11-98774-1135 ou por esse mesmo número de telefone.



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Há 91 anos a Fundação Escola de Sociologia e Política está comprometida com o futuro do Brasil, por meio de seus cursos de graduação, pós-graduação, MBA e extensão. Instituição de ensino e pesquisa sem fins lucrativos, a Sociologia e Política é igualmente reconhecida por sua área de projetos para a iniciativa pública e privada em todo o Brasil. Atua também junto a governos interessados na formulação de políticas públicas melhor conectadas aos problemas e demandas da sociedade. Passaram pela FESPSP personalidades expressivas das ciências sociais e da gestão pública e privada do Brasil como Florestan Fernandes, Fernando Henrique Cardoso, Luiz Carlos Trabuco Cappi (ex-presidente do Bradesco), Darcy Ribeiro, Paulo Henrique Amorim, Mário de Andrade, Horácio Berlinck, Roberto Simonsen, Sérgio Buarque de Holanda e Luiza Erundina.


Rita Amorim

Assessoria de Imprensa

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