São Paulo, 25 de julho de 2024. |
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Apoio de lideranças políticas e vice na chapa têm impacto sobre intenção de votos para prefeito de São Paulo |
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Questão
pode ser decisiva no segundo turno, aponta pesquisa eleitoral FESPSP,
que também avaliou qualidades que o futuro prefeito deve ter para ser
considerado bom líder e governante pelos eleitores
Na
espontênea para o primeiro turno, Guilherme Boulos aparece na liderança
com 18% das intenções de votos, seguido por Ricardo Nunes (15%), Pablo
Marçal (6%) Datena (3%), Tabata Amaral (3%), Kim Kataguiri (1%) e Marina
Helena (1%) |
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A
FESPSP (Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo) acaba de
finalizar a primeira de uma série de pesquisas eleitorais para a
Prefeitura de São Paulo que serão realizadas pela Escola de Sociologia e
Política até o final das eleições deste ano. A coleta de dados
aconteceu entre 16 e 19 de julho em uma amostra de 1.500 entrevistados
segmentados em cotas representativas de sexo, idade e escolaridade,
ocupação e renda. A margem de erro da pesquisa é de 2,5 pontos
percentuais e seu registro no TSE é o de número SP-04746/2024.
Além
dos tradicionais dados sobre a intensão de votos nos pré-candidatos, a
pesquisa FESPSP inova ao aferir também os potenciais impactos eleitorais
dos pré-candidatos a vice-prefeitos escolhidos para as chapas e do
apoio do presidente Lula, do ex-presidente Jair Bolsonaro e do
governador de São Paulo Tarcísio de Freitas aos candidatos.
Outra
inovação do estudo foi levantar junto aos eleitores qualidades que o
futuro prefeito deve ter para ser considerado bom líder e governante.
“Há aqui um certo equilíbrio entre atributos técnicos e empatia pelas
questões sociais que afligem a população”, diz Tathiana Chicarino,
pesquisadora do Centro de Pesquisas FESPSP, área criada neste ano no
âmbito da Escola de Sociologia e Política para realizar pesquisas
sociais, de mercado e de opinião pública.
Em
um cenário com respostas espontâneas, a pesquisa aponta Guilherme
Boulos na primeira colocação com 18% das intenções de votos, seguido por
Ricardo Nunes (15%), Pablo Marçal (6%) Datena (3%), Tabata Amaral (3%),
Kim Kataguiri (1%) e Marina Helena (1%).
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Sob
estímulo da declaração de potenciais candidatos, a intenção de votos
dos eleitores sobre para 26% a favor de Boulos, seguido de Nunes (22%),
Datena (12%), Pablo Marçal (11%), Tabata Amaral (5%), Kim Kataguiri (3%)
e Maria Helena (2%). Na amostra pesquisada, 42% dos eleitores disseram
que podem mudar seu voto ainda no 1º turno das eleições municipais.
Quando olhamos para o 2º turno, no entanto, Ricardo Nunes assume a
dianteira com 43% das intenções, enquanto Boulos fica com 36%. |
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Contudo,
explica Tathiana, há oscilação entre os mais pobres nos extremos das
regiões sul e leste da cidade. Em simulações de segundo turno com
Ricardo Nunes e Guilherme Boulos, o atual prefeito aparece 7% à frente
de seu concorrente, algo bastante próximo de outras pesquisas. |
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A
situação se inverte, contudo, em um cenário mais realista no qual
Boulos é apresentado aos eleitores como tendo o apoio do presidente Lula
e Marta Suplicy como vice-prefeita, e Ricardo Nunes apoiado pelo
ex-presidente Bolsonaro e pelo governador paulista Tarcísio de Freitas, e
ao seu lado como pré-candidato a vice-prefeito o coronel Mello de
Araújo. Nessa análise, Boulos aparece 8% à frente de Nunes. Quando a
isso se soma a indicação dos vices, a diferença sobe para 10% a favor do
candidato do Psol.
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Esse
fenômeno da inversão pode ser observado, por exemplo, entre os
eleitores com renda familiar de até dois salários mínimos. Nesse grupo,
Nunes vence de 43% contra 30% de Boulos em um cenário em que eles não
são apresentados com os seus respectivos vices. Quando os vices são
incluídos na pergunta, Boulos aparece com 50% das intenções de voto e
Nunes com 34%. Uma mudança de quase 30%.
Entre
as possíveis explicações para esse comportamento dos eleitores de até 2
salários mínimos de renda está o fato de que muitos deles ainda
desconhecem o apoio do presidente Lula à Boulos. |
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A
reversão de quadro pode ser observada também quando se olha as regiões
da cidade. No extremo sul, Nunes vence Boulos por 52% a 30%
respectivamente no cenário sem vices. Já na menção dos vice-prefeitos há
novamente uma reviravolta de mais de 20%, tendo Boulos à frente com 42%
e Nunes com 41%. |
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Entre
as explicações possíveis para esse achado da pesquisa da FESPSP, há o
recall positivo de Marta Suplicy no extremo sul da cidade. Quando Doria
venceu no primeiro turno em 2016, os únicos distritos em que ele perdeu
estavam nessa região, diz Tathiana. “E isso aconteceu não contra
Fernando Haddad, segundo colocado naquela eleição, mas justamente contra
Marta, terceira colocada no cômputo geral e primeira nessa localidade
de São Paulo.
Embora
no extremo leste da cidade a diferença a favor de Nunes não seja tão
grande, ela também sofre uma virada considerável com os apoios: Nunes
vence Boulos por 40% a 33% no primeiro cenário e perde para Boulos por
49% a 35% quando os candidatos são apresentados ao lado de seu
vice-prefeitos. |
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Sobre
as características do futuro Prefeito, 75% dos entrevistados concordam
com a frase de que um bom Prefeito deve ser amado pela população da
cidade. É importante haver também equilíbrio entre capacidade técnica e
empatia pelos problemas da população, já que 51% dos entrevistados
concordam com a afirmação de que um bom Prefeito deve ser tecnicamente
capaz de cuidar dos problemas da cidade, e outros 46%, que ele ter
sensibilidade para os problemas sociais de São Paulo.
Os
dados mostram tendência do eleitorado para admirar qualidades éticas e
de habilidades de diálogo político: 72% concordam que um bom Prefeito
deve buscar a conciliação com seus adversários políticos, e 73%, que ele
deve ser pautar antes de tudo na ética quando for realizar projetos
para a cidade.
Confira neste link o relatório completo da pesquisa |
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Para
solicitação de entrevistas com a pesquisadora da FESPSP, faça seu
pedido pelo email imprensa@fespsp.org.br, pelo whatsapp 11-98774-1135 ou
por esse mesmo número de telefone. |
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| Sobre a FESPSPHá 91 anos a Sociologia e Política está comprometida com o futuro do Brasil, por Há
91 anos a Fundação Escola de Sociologia e Política está comprometida
com o futuro do Brasil, por meio de seus cursos de graduação,
pós-graduação, MBA e extensão. Instituição de ensino e pesquisa sem fins
lucrativos, a Sociologia e Política é igualmente reconhecida por sua
área de projetos para a iniciativa pública e privada em todo o Brasil.
Atua também junto a governos interessados na formulação de políticas
públicas melhor conectadas aos problemas e demandas da sociedade. Passaram pela FESPSP personalidades
expressivas das ciências sociais e da gestão pública e privada do
Brasil como Florestan Fernandes, Fernando Henrique Cardoso, Luiz Carlos
Trabuco Cappi (ex-presidente do Bradesco), Darcy Ribeiro, Paulo Henrique
Amorim, Mário de Andrade, Horácio Berlinck, Roberto Simonsen, Sérgio
Buarque de Holanda e Luiza Erundina.
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Rita Amorim
Assessoria de Imprensa
FESPSP | Escola de Sociologia e Política
11-98774-1135
imprensa@fespsp.org.br
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