Com
o lema “Para o Brasil alimentar, Reforma Agrária Popular”, o Movimento
dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realiza nesta semana, entre os
dias 23 e 27 de julho, um conjunto de ações na Jornada Nacional por
Alimento Saudável e Reforma Agrária. A iniciativa acontece no marco do
Dia do Trabalhador e da Trabalhadora Rural e do Dia Internacional da
Agricultura Familiar, ambos comemorados na próxima quarta-feira (25/7).
A
Jornada, que ocorrerá em 24 estados onde o MST está organizado,
reafirma a Reforma Agrária como uma política fundamental para combater a
fome, mas que necessita de investimento público. Por isso, as ações
denunciam o orçamento abaixo do necessário para agricultura familiar e
camponesa, enquanto o agronegócio recebe grandes volumes de
investimentos.
O
Plano Plano Safra 2024/2025, dirigido ao agronegócio, e o Plano Safra
da Agricultura Familiar, liberou R$ 475 bilhões em crédito, sendo R$
400,58 bilhões para os grandes empresários e apenas R$ 74,98 bilhões
para os pequenos agricultores.
É
neste cenário desigual, no ponto de vista do investimento público, que a
Jornada posiciona, através da luta, temas fundamentais para fortalecer a
produção de alimentos saudáveis no país. O acesso à terra é uma das
pautas centrais, e cobra a garantia do assentamento a todas as famílias
acampadas, além de realizar o cadastramento até dezembro de 2024 e o
acesso a um fomento inicial/emergencial para a produção de alimentos das
mesmas. O MST contabiliza o número de mais de 60 mil famílias acampadas
em todo o país.
Em
síntese, outra pauta da Jornada está no campo do fortalecimento da
produção de alimentos saudáveis, a partir da liberação de crédito,
garantindo o acesso de todas as famílias assentadas ao Programa Nacional
de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) A, de maneira
permanente e contínua. Ainda nesta pauta, o Movimento Sem Terra cobra a
ampliação do orçamento nacional para o Programa de Aquisição de
Alimentos (PAA).
Por
fim, no campo dos direitos básicos, a Jornada cobra também a garantia
de recursos para construção de moradias nos assentamentos, levando em
consideração, que atualmente existe um déficit de 100 mil novas casas
para serem construídas e 400 mil moradias para reforma. Já na educação,
os Sem Terra cobram também a liberação de recurso no valor de 120
milhões para o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária
(Pronera). O valor será direcionado para 78 cursos já aprovados pelo
programa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário