Fico abismado ao ver raparigas portuguesas com a bandeira da Palestina (e contra Israel), quando estamos a falar de um país onde a mulher é simples mercadoria e os casamentos são forçados. Diogo Araújo Dantas para o Observador:
O
povo judeu foi sempre perseguido ao longo da História, desde a fuga do
esclavagismo do Antigo Egipto até ao Holocausto, passando, por exemplo,
pela expulsão de Portugal há 526 anos. Hoje em dia, outra vez por
questões políticas, há uma nova perseguição aos judeus feita por uma
esquerda com ódios profundos e ressentimentos antigos. O facto de Israel
ser um bravo resistente ao domínio muçulmano e um aliado dos Estados
Unidos faz com que seja alvo preferencial dos progressistas. O problema é
que a cegueira ideológica lhes faz defender o indefensável, assim como
grande parte continua a apoiar a Rússia e a argumentar contra a Ucrânia.
Toda
a vida ouvimos falar do terrorismo palestiniano, como vil e louco, com
táticas como sequestros de aviões, tiroteios, atentados e
apedrejamentos. O Hamas, que sempre foi considerado um bando de
fanáticos religiosos, está a ser promovido como uma organização política
respeitável. Entre os métodos favoritos de terrorismo palestiniano está
aquele que se baseia nas mulheres ou crianças-bomba, que consiste em
colocar engenhos explosivos altamente destrutivos alojados no corpo
destas pessoas e fazê-las explodir em mercados israelitas cheios de
gente. Subitamente, deixamos de ter notícias destas na imprensa
mainstream ocidental, mas isso não quer dizer que tenham parado.
O
banho de sangue e os corpos mutilados, que entravam por nossa casa
dentro, nos anos oitenta e noventa, deixaram de aparecer na televisão e
de ter destaque dos jornais, simplesmente porque não serve o propósito
da agenda contra Israel.
Mais
uma prova de que a esquerda está a defender o indefensável é
observarmos os povos que circundam e reivindicam o território de Israel,
como a Jordânia, a Síria, até à gigante Arábia Saudita – tudo
autocracias que são conhecidas por tudo menos pela democracia e pelo
respeito dos direitos humanos. Fico abismado ao ver raparigas
portuguesas com a bandeira da Palestina (e contra Israel), quando
estamos a falar de um país onde a mulher é simples mercadoria, a
sociedade é poligâmica (mas só para os homens), os casamentos são
forçados, há escravidão, opressão e repressão, sem o respeito pelos
direitos mais básicos de qualquer ser humano, sem contar com a
perseguição criminosa a homossexuais e a intolerância religiosa. É
demasiado contraditório quem se diz feminista apoiar a luta destes
regimes.
É
anedótico mas esclarecedor da lavagem cerebral a que os nossos jovens
estão a ser submetidos na televisão, na cultura, na imprensa mainstream e
em toda a propaganda progressista. O ódio a Israel cresce diariamente,
como em outros momentos da História. Fala-se em anti-sionismo como forma
de esconder o crescente anti-semitismo. Mas o que é o anti-sionismo? É
tão somente mais uma explicação política, como tantas houve ao longo dos
tempos, para justificar a perseguição a este povo. Em Portugal tenta-se
reverter a lei dos judeus sefarditas. Estou à espera do regresso da
obrigatoriedade de se colocar uma estrela no peito dos judeus.
BLOG ORLANDO TAMBOSI

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