Cerca de 20% arrependem-se da mudança de sexo. Os procedimentos de mudança de sexo não são eficazes. 10 a 15 anos após a redesignação cirúrgica, a taxa de suicídio é 20 vezes a de pares comparáveis. Maria Helena Costa via Observador:
No
dia 20-07, quarta-feira, o meu messenger foi inundado com posts de
activistas lgbtetc., que acusavam o Observador de “dia sim dia não
patrocinar opiniões que matam pessoas” e, a emoldurar a acusação, o meu artigo de opinião. Qual não foi a minha surpresa quando, ao pesquisar o autor, me deparei com o Instagram do Ary, um dos activistas trans que faz os vídeos “The Guys Cudlle Too”
(que denunciei no artigo mencionado) para a disciplina de Cidadania e
Desenvolvimento nos quais incentiva claramente os mais novos a fazer o
que ele fez.
Ora,
o Ary não deve sequer ter lido o artigo e, se leu, não entendeu, pois o
artigo não é apenas a minha opinião, mas sim a realidade e o apelo de
de uma ex-transgénero e o alerta de profissionais de saúde que acusam o
lóbi trans de aliciar crianças para a causa e de os tentar silenciar.
Claro, que ler verdades científicas quando nos seus vídeos que todos os
tratamentos para alguém se transformar naquilo que não é são seguros,
inócuos e totalmente reversíveis, deve ser difícil de engolir. Mas, é a
realidade. E é essa realidade – não a minha opinião ou a verdade
científica – que tem levado muitas pessoas ao suicídio. E não sou eu que digo que:
«A
indústria farmacêutica está a dizer às crianças que agora há cura para a
puberdade. O problema é que essas crianças que estão em transição
médica vão crescer para perceber que a transição médica não cura nada,
[…] o tempo para celebrar quem elas se devem tornar é roubado dessas
crianças, substituído por uma cura de vendedor de banha da cobra que as
deixará com complicações médicas para toda a vida, e não cura nada.
Pais,
a transição médica não é para crianças; está a criar uma ilusão do sexo
oposto […] Os adultos têm o direito de escolher, mas isso não cura
nada; é experimental e não é seguro. Mas cada criança que está
convencida de que é trans vale US$ 1,3 milhões em produtos
farmacêuticos. O que está a ser vendido como amor e aceitação na verdade
é maligno.»
Estas palavras são do transgénero, Scott Newgent.
Também o activista Herder Bértolo escreveu no Facebook:
«TRANSFOBIA
MATA – É uma quantidade indecorosa de artigos, sob a capa de não serem
jornalistas, mas comentadores, de não serem notícias, mas opiniões, que
propagam ódio e mentira e que contribuem para o sofrimento e a morte de
tantes. A campanha da ADM é criminosa. Salva-se o outdoor no Marquês de
Pombal: de facto a ideologia dessas pessoas não é ciência e deviam
deixar as crianças em paz! E, ao contrário do que diz o José Diogo
Quintela, na verdade, há coisas que se perdem na Natureza: Por exemplo, o
espermatozóide do pai e o óvulo da mãe desse palerma ignorante!»
E,
mais uma vez, as imagens que ilustram o post são artigos do Observador,
do Jornal i, do Expresso e o outdoor da campanha do mês de Julho do ADN
(não ADM) “Ideologia não é ciência – Deixem os nossos filhos em paz”.
Ora,
contrariamente ao que afirma o activista, não é o que nós escrevemos
que mata. O que mata é a chantagem que é feita com os pais pelo lóbi
trans. E, para não me acusarem de falar sem conhecimento de causa, cito
mais uma vez alguém que experimenta na pele os resultados da ideologia, o transsexual Scott Newgent:
«’Melhor
uma filha viva do que um filho morto?’ Essa pequena frase domina os
pais, remove a lógica, substitui-a por uma emoção delirante, injecta
vergonha por resistir e rouba a oportunidade de fazer perguntas. […] A
frase cria o pior pesadelo de um pai, tanto visual quanto audível.
Depois de ouvir isso, o filho como que pisca diante dos seus olhos,
imagina o seu cérebro infantil a espalhar-se pela parede por causa de um
tiro na cabeça; ouvem instantaneamente o seu grito de gelar o sangue
dentro das suas mentes enquanto imaginam encontrar o seu filho… morto.
Tretas.
Tretas. O meu filho confuso quanto ao seu género será mais suicida após
a transição médica, o único estudo de longo prazo diz-nos isso.»
É
isto que o lóbi quer esconder. Estudos que alertam acerca dos perigos
da ideologia. Não admira que haja cada vez mais tentativas de silenciar
as vozes que desmascaram os seus perigos.
Infelizmente,
apesar dos inúmeros alertas da comunidade científica e do cada vez
maior número de pessoas que se arrependeu de fazer a transição, o lóbi
continua a avançar e, no dia 15 de Junho deste ano, a Casa Branca emitiu
uma ordem executiva na qual promove a difusão dos serviços de afirmação
sexual, inclusive para crianças e adolescentes. O governo Biden
insiste na narrativa de que é preciso “proteger” legalmente as pessoas
que se identificam como lgbtetc..
Claro
que, nos EUA, tal como cá, ninguém persegue ninguém por causa da sua
orientação, ou desorientação, sexual. Aliás, o conceito de respeito da
maior parte da sociedade Ocidental passa por respeitar as pessoas, por
serem pessoas, e não por terem uma qualquer característica sexual, uma
determinada cor de pele, confissão religiosa ou política.
Aquilo
que faz com que cada vez mais pessoas reajam mal à ideologia do género,
e às pessoas que o lóbi instrumentaliza para a promover, é o conceito
novo e altamente controverso de uma “identidade de género” que deve ser
despertada e construída na Escola e nas redes sociais, com a ajuda de
“influencer’s” famosos, pagos a peso de ouro para subverter a identidade
e a sexualidade de crianças, adolescentes e jovens.
Sejamos
sinceros: se, como afirmam os ideólogos de género, uma vagina,
maquilhagem e vestuário não fazem de alguém uma mulher; como é que
maquilhagem, vestuário e a imitação de uma vagina fazem?
Inculcar
na mente de crianças de tenra idade que se podem identificar com
qualquer sexo, pois o sexo de nascimento pode ser removido e substituído
por uma imitação do outro, é uma mentira grotesca e traz consequências
nefastas.
Voltando
à ordem executiva de Biden, o seu objectivo é “promover o acesso
ampliado a cuidados de saúde abrangentes para indivíduos lgbtetc.,
inclusive trabalhando com os Estados na expansão do acesso a cuidados de
afirmação de género”.
Assim,
quando se trata de questões de sexo e género, a ordem executiva defende
que os profissionais de saúde não devem questionar, desafiar ou mesmo
explorar ideias ou alternativas com pacientes que se identificam com o
sexo oposto ou com uma das letras do abecedário colorido. Os médicos são
forçados a afirmar a homossexualidade e, ou, a rejeição dos pacientes
ao seu sexo biológico, e proibidos de questionar as razões por trás
desses desejos/sentimentos.
Qual é o problema com esta ordem executiva?
É
o facto de transformar uma ideologia numa verdade absoluta e de
submeter crianças, adolescentes e jovens – que desejam desesperadamente
fugir dos seus corpos – a tratamentos e cirurgias que as deixarão com
marcas para toda a vida (uma das consequências é a infertilidade) e de
coagir os profissionais de saúde a causar danos irreversíveis a quem
ainda não têm maturidade para tomar decisões informadas acerca de algo
tão definitivo.
Não
é de suma importância que os profissionais de saúde explorem as razões
para que um número cada vez maior de crianças e adolescentes se sinta
mal com o seu próprio sexo/corpo?
Será que não estão apenas a tentar escapar a certas expectativas acerca da masculinidade e da feminilidade?
Creio
que é do conhecimento geral que muitas crianças e adolescentes rejeitam
o seu sexo porque: a) sofreram abuso sexual ou trauma; b) estão no
espectro do autismo; c) sentem-se desconfortáveis com a atracção que
sentem pelo mesmo sexo.
Então,
qual é o objectivo de proibir os médicos de lhes perguntar porque é que
sentem atracção pelo mesmo sexo e, ou, porque é que desejam “mudar de
sexo”?
Conhecer as motivações do paciente não devia ser parte integrante das consultas de psicologia/psiquiatria?
Pelos
vistos, não. O lóbi lgbtetc. não quer. Agora, a sexualidade é política.
De acordo com o Presidente dos EUA, psicólogos e psiquiatras que
desejem explorar os motivos do desconforto por detrás do desejo de
“mudar de sexo” devem ser acusados e processados por “fazerem terapias
de conversão”, que, em português inteligível, significa “tentar coagir
crianças a abandonar a ‘sua’ identidade de género”, que adoptaram depois
de algumas aulas sobre ideologia de género e de passarem algum tempo
nas redes sociais.
É
dessa prática – de tentar perceber o que leva cada vez mais crianças a
não se identificarem com o sexo com que nasceram – que Biden quer
“proteger os jovens lgbtetc., pois, segundo ele, os profissionais de
saúde podem causar danos significativos, incluindo taxas mais altas de
pensamentos e comportamentos suicidas, aos jovens que passaram a
identificar-se como lgbtetc.
Nesse sentido, um pouco por todo o mundo e Portugal não é excepção,
os promotores das políticas identitárias têm trabalhado arduamente para
impor uma legislação que proíba a “terapia de conversão” baseada na
“identidade de género”.
Por quê?
Talvez
por colocar em causa um programa abusivo que procura doutrinar um
menino para que se sinta atraído por outro menino e até para que se
identifique com o outro sexo. Não interessa aos ideólogos que um
psicólogo/psiquiatra explore as razões pelas quais uma menina – com
histórico de abuso sexual – exige ser medicada com testosterona a fim de
ser vista como um homem pela sociedade.
A
pressa dos activistas – na criminalização dos profissionais de saúde
que não se submetem e desodedecem ao lóbi – resulta da reação popular de
pessoas comuns e de activistas, que exigem que se páre de medicar e de
amputar crianças sem que haja um estudo sério acerca das consequências
dos tratamentos e das cirurgias. (Sobre isso, aconselho vivamente este artigo do Jordan Peterson).
Não
é por acaso que, em Maio do ano passado, o governo do Reino Unido
estava determinado a proibir a terapia de conversão para a orientação
sexual e para a identidade de género, mas a reacção do povo forçou-o a
separar os conceitos e a eliminar o segundo das suas propostas.
Activistas feministas argumentaram que os profissionais de saúde
precisam de liberdade para explorar as questões de sexo e género com os
seus pacientes sem serem acusados de um crime.
Na
Suécia, há estudos que mostram que o encaminhamento de jovens para
clínicas de género caiu depois dos média terem exposto a natureza
experimental dessas clínicas e as ramificações a longo prazo para a
saúde dos jovens.
Na
Austrália, a maior clínica de género, que costumava dizer aos pacientes
e aos seus pais que os bloqueadores da puberdade – prescritos para
crianças dos 9 aos 13 anos – para suprimir a puberdade (o seu
desenvolvimento sexual natural) – eram totalmente reversíveis e não
causavam danos a longo prazo, teve que voltar atrás. Agora, admite que
os bloqueadores da puberdade “podem atrasar o desenvolvimento do
cérebro” e afirma no seu boletim de Junho: “Não sabemos se o uso de
bloqueadores da puberdade afecta o desenvolvimento do cérebro”.
No Reino Unido, aumentou 4.400%
no número de adolescentes que procuram tratamento na clínica nacional
de género. Em todo o Ocidente, as meninas adolescentes são agora o
principal grupo demográfico que afirma sofrer de disforia de género.
O que está por trás disso é o contágio social
– a disseminação de ideias, emoções e comportamentos por meio da
influência de colegas, mais um exemplo de adolescentes que partilham e
espalham a sua dor. Há uma longa história de contágio social com esse
grupo demográfico – a anorexia e a bulimia também se espalham dessa
maneira e sabemos que as adolescentes de hoje estão no meio da pior
crise de saúde mental já registada, com as maiores taxas de ansiedade,
automutilação e depressão clínica.
As
meninas adolescentes suscetíveis a esse contágio social são as mesmas
meninas depressivas e altamente ansiosas que lutam socialmente na
adolescência e tendem a odiar os seus corpos. Se acrescentarmos a isso:
um ambiente escolar onde se pode alcançar status e popularidade
declarando uma identidade trans e a influência das redes sociais, onde
activistas trans promovem a ideia de que identificar-se como trans e
tomar testosterona curará todos os problemas de uma menina, teremos
todos os ingredientes para um fenómeno social que se espalha rapidamente.
Nem
a propósito, neste cantinho à beira-mar plantado, num estudo recente –
realizado pelo Centro de Psicologia da Universidade do Porto (CPUP) –
que inquiriu mais de 1500 jovens com idades compreendidas entre os 14 e
os 19 anos, 45,3% identificaram-se como lgbtetc?
Olhando
para o que se passa pelo mundo fora, e por cá, para quê tanta pressa em
afirmar crianças e adolescentes que rejeitam o seu sexo biológico e
condenar quem quer explorar os verdadeiros motivos para isso acontecer?
Qual o objectivo de encorajar crianças a odiar o seu sexo biológico?
Que motivos se escondem por trás da preocupação excessiva do Estado com a sexualidade das crianças?
Não terá chegado a hora das pessoas exigirem maior escrutínio às políticas identitárias e ao que isso de facto significa?
É
preciso pesquisar as razões que têm levado tantas pessoas a
arrepender-se depois de terem sido acompanhadas por médicos afirmativos.
Pessoas que desejam recuperar o seu sexo de nascimento passam por
enormes provações e pela vergonha de terem cometido um erro gravíssimo.
São obrigadas a viver com as consequências de um modelo afirmativo de
género – imposto pelo Estado aos pais e aos profissionais de saúde – que
não as puderam aconselhar a parar e pensar sobre tudo o que implica uma
“mudança de sexo”.
As
exigências e a coação de grupos poderosos e de lóbis políticos, para
afirmar crianças, adolescentes e jovens que rejeitam o seu sexo, não
podem continuar a sobrepor-se à voz dos pais e dos profissionais de
saúde.
Também
é urgente ouvir os jovens que têm cicatrizes físicas e psicológicas
resultantes de um modelo afirmativo de género, rápido a diagnosticar e
medicar uma disforia de género inexistente – quando ainda eram crianças –
sem fazer perguntas sobre o que aconteceria quando se tornassem
adultos.
Os números não enganam.
Cerca de 20% arrependem-se da mudança de sexo. Os procedimentos de
mudança de sexo não são eficazes. Dez a quinze anos após a redesignação
cirúrgica, a taxa de suicídio é 20 vezes maior que a de pares
comparáveis.
Até quando?

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