Alberto Bombig e Camila Turtelli
Estadão
Quem acompanha de perto o cotidiano do Supremo Tribunal Federal entende que a posição do Congresso de omitir os beneficiados pelo orçamento secreto dificultará a revisão da decisão que suspendeu a execução dos repasses. Um integrante da cúpula do Legislativo admite que será preciso fazer o que for necessário para liberação desses recursos, mesmo se o preço for publicar as liberações anteriores, doa a quem doer.
Ficou claro que a ministra Rosa Weber não aprovou o projeto de resolução apresentado pelo presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), na noite de quinta-feira, 25. O senador adiou a sessão prevista para votar a medida depois de ter saído do gabinete dela.
DESAGRADOU. Além de não atender ao pedido da Justiça, o texto também desagrada a líderes por não colocar uma regra sobre quanto do Orçamento da União pode ser destinado para as emendas de relator.
Pode tirar o cavalinho da chuva quem espera uma decisão do Supremo antes da manifestação do Planalto sobre o orçamento secreto e as emendas de relator.
A ministra Rosa Weber analisará as respostas dos dois Poderes, e não apenas a do Congresso. O cumprimento da ordem de ampla publicidade aos repasses deve ser dado pelo Legislativo e pelo Executivo. O prazo só se esgota no fim da semana que vem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário