Todas
que aqui passaram”, terceira obra da poeta baiana Maria Luiza Machado,
ganha versão em e-book; editora também consolida revista digital para
ampliar visibilidade da autoria independente
A obra “Tantas que aqui passaram”, da escritora, poeta e editora baiana Maria Luiza Machado, ganhou versão e-book, marcando a estreia da Mormaço Editorial
no mercado de livros digitais. Concebida em defesa da literatura
autoral feita no Nordeste, a Mormaço promove a valorização da
pluralidade, dando visibilidade a autores independentes e estreantes no
cenário editorial. Investir em e-books visa ampliar o público leitor,
tornando as obras mais acessíveis.
O
primeiro e-book da editora conta, em forma de poemas narrativos,
fragmentos e cenas que fazem parte da história de diferentes mulheres em
algum momento presentes na vida da autora. O livro tem edição da
escritora, cordelista e poeta Jarid Arraes, posfácio escrito pela
escritora e antropóloga paraense Monique Malcher, finalista do prêmio
Jabuti, e projeto gráfico assinado pela poeta e ilustradora Isabela
Sancho.
A Mormaço Editorial também se consolida no ambiente digital com o crescimento da Revista Mormaço,
publicação que reúne textos produzidos por uma equipe fixa de
escritores e também enviada por voluntários e colaboradores. “O número
de inscritos em nossa primeira chamada foi muito acima do que
esperávamos (e, infelizmente, acima do que conseguimos dar conta de ler
cuidadosamente, editar, publicar). Estamos bem felizes com a
repercussão, foi realmente uma surpresa”, evidencia Maria Luiza, que
também é editora responsável pela Mormaço.
Poemas sobre mulheres plurais e singulares
Há 29 poemas
em “Tantas que aqui passaram”, e cada um deles revela a história de uma
mulher. “Toda mulher tem uma história que merece ser contada, nem que
seja uma cena, um pequeno fragmento”, frisa Maria Luiza, evidenciando a
pluralidade e singularidade de cada cena versada. “Ao mesmo tempo que
revela a história de uma única mulher, muitas outras podem se
identificar com o mesmo poema. Alguns temas podem parecer, em um
primeiro olhar, banais, mas se houver um bom disparo para a escrita, são
capazes de se transformar em poesia.”
Para
Monique Malcher, Maria Luiza cria imagens do que é particular para nos
falar do que é gigante, tais como a sobrecarga de uma mãe, o desejo ou
não-desejo de maternidade, a solidão escolar, o não estar bem e dizer
que sim, está tudo bem. “Ler Maria Luiza Machado me fez perceber que a
solidão é construída e também coletiva, que estamos - e ao mesmo tempo
não somos - sozinhas. [...] Quando lemos os poemas com nomes tantos, de
mulheres que em algum momento conhecemos ou vamos conhecer, também
assistimos episódios e sentimentos de nossa própria vida”, escreve no
posfácio.
A
autora comenta sobre a recepção do livro até agora. “O mais bonito é
ler e ouvir sobre as identificações. A sensação é que tinha um objetivo
maior, talvez não tão inconsciente, maior que apenas escrever e retratar
sobre mulheres diferentes, ainda que comuns e em situações quase
banais, foi alcançado. Ainda estou elaborando isto”, aponta a escritora.
Para ela, ser lida e alcançar mais leitores é o mais importante. “Saber
que meu livro também poderá ser acessado de forma mais simples e
financeiramente mais em conta também foi sempre um objetivo.”
O e-book de “Tantas que aqui passaram” pode ser adquirido pelo site da Amazon clicando aqui.
Assessoria de imprensa da Maria Luiza Machado. Jornalista responsável: Marcela Güther.
Maria Luiza Machado 1 Crédito João Régis Novaes (1) 
Maria Luiza Machado 2 Crédito João Régis Novaes (2) 
Capa_Tantas que aqui passaram_Maria Luiza Machado 
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